quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

nectar.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 1
E o amor foi acontecendo, sem ser cobrado ou pedido. Foi nascendo, brotando, surgindo e crescendo ao decorrer dos pores do sol: como uma flor que desabrocha apenas para que a abelha sinta-se confiante em beber todo o néctar vital para sua sobrevivência. Esse amor foi desabrochando e, ao mesmo tempo, recolhendo-se nele mesmo, para que crescesse sem deixar perder o sentido de existir: abrigar-nos. À noite, é possível sentir o cheiro doce do néctar sendo sugado pelo pequeno inseto, aos poucos, como se ele saboreasse vagarosamente a fim de sentir de maneira intensa a vida presente em sua boca. A luz da lua é refletida em suas asas quase copletamente estagnadas enquanto sua vitalidade está sendo recuperada através da doçura e consistência do néctar alaranjado. E a abelha não se cansa de sugar e extrair seus sonhos de uma substância aquosa que carrega em si tantos sentimentos e sensações. E é desse modo que eu também extraio de você tudo o que eu preciso, como uma abelha roubando o néctar dos deuses – gosto de preciosidade. Continuo sugando até que você não tenha mais nada a oferecer – mas você sempre terá, não é? Que o seu néctar seja renovado a cada desaparecer da lua e que nosso amor seja revivificado a cada nascer do sol. Que nosso amor seja doce, que seja néctar.
 
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