terça-feira, 17 de janeiro de 2012

avenue.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012 1
Como numa avenida no centro de uma grande cidade, as pessoas vão passando - umas lenta e outras rapidamente. Vão deixando suas marcas, jogando seus chicletes e seus papéis sujos que, muitas vezes, se transformam em cartas guardadas no fundo da segunda gaveta daquela escrivaninha cor-de-burro-quando-foge. Deixam rastros, pegadas, feridas e pedaços de si pela rua. Outras deixam menos, mas são raras as que não deixam nada. Então embarcamos em um ônibus que nos levará a outra rua, com outros rostos e outras marcas. Coincidentemente, pode ser que alguém do nosso passado tome o mesmo ônibus que o nosso e, então, chamamos isso de amizade. As que perdem a hora, perdem o rumo, perdem o ônibus, ficam. Simplesmente ficam - e passamos a conhecer a saudade. Aquelas que não deveriam ir mesmo, o tempo se encarrega de segurá-las ate que fiquem encostadas nos postes sem luz da avenida passada. E assim a vida vai seguindo, tomando conduções e metrôs... Uns vão de carro, mas sinceramente? Não quero chegar tão rápido assim. Quero aproveitar o máximo dos chicletes e dos papéis, para que se tornem asfalto e cartas. E vou seguindo, deixando pegadas e rastros, para que as pessoas resolvam se querem subir no mesmo ônibus que eu. Vou cantando para que meu canto impregne e deixe seu timbre nos ouvidos, atinja a mente e se assente nos neurônios deles. Eu tento viver para ser visto, por que de que vale a andar na avenida sem ser notado?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

fluorescent adolescent.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012 2
Aquela dor que se sente aos treze anos de idade quando você olha a foto da sua paquerinha platônica, sabe? Não era pra apertar tanto assim... Vai passar, eu sei que vai passar logo, mas por enquanto, eu penso que vai ser pra sempre e que vai sangrar sempre. Você podia olhar para a minha foto e sentir o mesmo, podia rir mais do que já ri das coisas que eu falo, podia me fazer sentir mais único do que me faz. Eu pegaria meu carro velho e iria daqui até a lua se você prometesse que iria comigo. Essas frases adolescentes, essas paixões adolescentes - são essas que mais queimam, que mais perduram em mim. E como eu queria te falar mil coisas, te contar minhas histórias, minhas ideias e os nossos planos - porque eu já fiz planos e você me dá vontade de contá-los. Eu já disse que você me faz querer falar e cantar e pular e sorrir e... chorar quando some. Como uma coisa que nunca foi minha pode sumir? Você quer ser meu? Meu coração não se engana, eu quero que você seja meu e - adolescentemente falando - quero que você seja meu pra sempre.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

little thing called...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012 0
Quero amar alguém que não precise de amor. Amar alguém que seja dono de si mesmo e não queira ser dono de mais ninguém - e não precise ser de ninguém. A necessidade constrói o amor e não é esse amor que eu quero que sintam, não é o que eu quero sentir. Quero amar sem precisar amar, quero ser amado sem precisar o ser. Que surja, que aconteça, que apareça, que seja bizarro, mas que seja alguma coisa. Nem precisa ser amor, mas que seja alguma coisa intensa e que gere o bem, que não cause mal. Algo compartilhado, sem precisar ser cobrado. Para sentir, não preciso entregar tudo de mim, porque a única coisa que eu tenho sou eu, então, aceite as coisas boas que eu tenho para oferecer e camufle as más - porque ninguém é feito só de arco-íris. Saiba me deixar ir quando eu precisar e me segure quando você perceber que quero ficar. (...) Por que não se dá pra escrever sobre amor sem colocar seu coração em meio as palavras? Fico por aqui. Já disse: Não quero amor, não preciso de amor.
 
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