segunda-feira, 30 de setembro de 2013

monologue.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013 0
- Mas o que você faz da vida? - Espero. - Pelo quê? - Não sei. - Não sabe? - Sei. - Sabe? - Não sei. - O quê? - Espero por alguma coisa que nem deve ter nome, nem deve existir. Espero por algo que vai além do amor, além da riqueza, além de se sentir completo, seguro, feliz e coisas do tipo. Espero por qualquer coisa que não chegue. Porque se chegar... Se a coisa que eu espero vier, tenho certeza de que não será o que eu realmente estava esperando.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

no thing, yes thing.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013 0
O que fazer com essas ebulições e palpitações? Esses anseios, angústias, receios e complicações? Transformar em poesia para ter algo de bonito aqui dentro? Transformar em vômito para me livrar dessas coisas incrustadas ao meu ser? Deixá-las aqui guardadas para ajudarem a me compor, a me fazer existir? Por fim, dou voltas e voltas em torno de alguma coisa e acabo transformando tudo isso em nada. Continuam sendo apenas problemas sem lógica que me corroem e me fazem definhar.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

equilibrium.

terça-feira, 3 de setembro de 2013 0
Menina dos cabelos castanhos claros, da pele branca e das sobrancelhas fortes: o que você está fazendo da sua vida? O que você pensa quando ingere aqueles líquidos de cores infinitas que a deixam com tontura? O que você extrai da fumaça quase transparente que flutua pelos dois cômodos do seu apartamento pouco mobiliado? E essas músicas melancólicas, acho que é Chico Buarque, não sei... O que você sente quando as ouve baixinho deitada do lado esquerdo da sua cama de casal? Por que você se sente tão só como se o mundo não compreendesse seus anseios e ambições? Vira madrugadas lendo livros e mais livros sobre amor, sobre política, sobre culinária, sobre o raio-que-a-parta. Você só acha que não pode parar de ler para não se sentir como se estivesse murchando. Enche-se de leituras, de poesia, de música, de álcool e de cigarro. Mistura gim com café como se fossem ingredientes para a receita perfeita – talvez você devesse largar os romances e ler mais o livro de culinária que está na primeira gaveta debaixo da pia da cozinha. Ou até devesse parar totalmente de ler, parar de beber e jogar todos os maços na privada só para saber que você é completa por si só. E, quando se desse conta disso, não teria problema em começar tudo de novo, só para saber que precisa de algo para se sentir não-tão-vazia [porque completo ninguém nunca é].
 
when the city sleeps... ◄Design by Pocket, BlogBulk Blogger Templates