terça-feira, 29 de setembro de 2009
guilty pleasure.
"Seus traseiros são lindos" é o melhor elogio que voce consegue receber. Mas o que voce esperaria agindo como um animal? Que eu elogiasse seus belos olhos ou a sua facilidade com as crianças?
Foi! O que estamos fazendo juntos? Vá para a sua casa, estamos terminados. Não tente simular arrependimento, voce sabia que ia se arrepender e mesmo assim o fez. Tudo se encerra numa abrupta jorrada sempre, isso não é novidade pra você - nem pra mim. Vá embora! Não quero precisar te abraçar sem sentir tesão. De que serve um beijo sem as mãos dentro da sua blusa? Seus cabelos não foram feitos para receber carícias, eles pedem para ser puxados com força. Sua mão pede muito mais do que a minha, sua boca também.
Vulgar. O corpo fala muito mais alto que a alma, mas quem eu sou pra tentar abafar o som do meu corpo? De que vale a alma se ela não pode ejacular? Só o corpo pode ser tudo o que quiser, ter tudo o que quiser. O corpo conquista, a alma afasta. O corpo enriquece, a alma padece. O corpo vive, a alma repousa. O corpo peca, a alma sofre. Ate quando o prazer ficará sobre os sentimentos? Sentim...O quê? Prazer!
myself.
domingo, 27 de setembro de 2009
hide and die.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
friend of time.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
love song.
Sinto-me como se já tivesse falado tudo isso aqui antes. Não é novidade que sou repetitivo. Não sei como você ainda lê isso. Só voce lê isso! Lê e não entende, aposto. Mas não o quero também. Só quero que entenda que as palavras precisam tomar o caminho delas e logo. Elas precisam sair e ir. Elas precisam ser livres. Elas precisam de voce.
Onde está minha bela canção de amor?
childhood.
Ah! São infinitas saudades, mas infelizmente, são coisas que não voltam mais. Só as revivo de vez em quando. Sinto-me criança. Sinto-me adulto. Sinto-me uma sanfona. Saudades da minha infancia.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
erase my dreams.
Não quero descobrir um novo mundo toda noite. Não quero saber como seria se acontecesse isso ou aquilo. Os sonhos deviam tornar-se realidade - pelo menos os bons. Quem já nunca ouviu essa frase? Clichê. Odeio clichê. Torno-me clichê por odiá-lo. Mais clichê por falar que sou clichê por odiar clichês. Enfim, acordo.
sábado, 19 de setembro de 2009
love waits.
Como o amor, tudo isso vai ser breve. O amor é breve - ou deveria ser. Amor eterno não existe. Amor - por ser amor - é eterno.
Talvez as palavras o traga pra mim, talvez o afaste - talvez não afete. Talvez o amor esteja aqui - o amor está aqui - esperando.
bitter middle.
Já pensei em sumir de tudo. Já comecei a desaparecer. Voce pode não ter percebido, mas meu brilho está se apagando - se é que havia algum. Estou na transição. Mude ou não. Sempre estou no meio. Sou tudo e nada ao mesmo tempo. Sei muitas coisas, mas são só conhecimentos superficiais. Não seria melhor aprofundar-se em só uma coisa? Escritor, cantor, ator, fotógrafo, famoso, comum. Por que eu quero ser tudo e não sou nada? Normal ou estranho - odeio estar entre os dois. Odeio a minha inconstância constante - ou minha 'constância inconstante', que seja.
É do ser humano ser um misto de coisas. Aceito esse fato, mas gostaria de ser um aglomerado bom ou ruim - não um aglomerado intermediário. É evidente também que alguem não pode ser de todo bom ou mal - todo mundo é o intermediário. Alguns pendem para um lado, outros para o outro. E eu? Sinto-me apenas no meio. Doce ou salgado. Sinto-me amargo. Estou no meio - de onde eu não sei, mas estou. Maldito meio. Azedo meio.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
wrong beginning.
“Coitado!” – você deve estar pensando. Que tipo de imbecil começa um livro sabendo que vai ser um fracasso? Não se esqueça que o fracasso de um, necessariamente, significa a vitória de outro. Não ligo de perder pra você ganhar – onde está meu egoísmo agora? Mas o que você ganha? Já se perguntou isso? Eu lhe respondo: você não vai descobrir, portanto pare – é a ultima vez que eu peço. Não gastarei todas essas folhas tentando evitar que você entre no meu mundo. Se quiser entrar, apenas entre logo. Só não diga que eu não avisei quando você estiver insano na página quarenta e dois em um quarto tentando saber o significado da palavra ‘pai’ pra mim ou quando estiver na última, xingando-me por não fazer um livro com começo, meio e fim. Talvez eu o faça, talvez não. Também não quero ouvir reclamações sobre as minhas interrogações e travessões – não consigo me expressar de outro jeito, às vezes. Bem, se está pronto, aperte os cintos de segurança e vamos navegar juntos. Juntos? Não acho que você gostaria de viajar comigo, e muito menos eu com você. Nossos sonhos não são semelhantes, nem um pouco. Viaje sozinho e descubra sozinho os meus sonhos, as minhas peripécias, as minhas loucuras, as minhas idiotices. Não vou guiar o seu caminho – nem por um segundo. Pelo contrário, vou escurecê-lo cada vez mais, até você não conseguir enxergar nada, mas fique tranqüilo, eu também estarei cego – as palavras sempre me tornam sombrio. Porém não pense que a escuridão é eterna. A luz aparecerá, mas não iluminará – já falei que não vou guiar o seu caminho -, ela apenas ofuscará seus olhos, dar-lhe-á um pingo repentino de clareza. Não se preocupe! Logo a escuridão é total novamente e você poderá tentar continuar seguindo. Garanto que não o levará a nada, mas o seu destino é continuar sempre. Como um moribundo sedente por vida, porém tudo o que vai achar é treva. As coisas que não podem se explicar com a luz, tentarão se esclarecer no escuro – nem sempre tentar é conseguir. Minha vida, minhas tempestades, meus dias ensolarados não ficarão evidentes pra você. Quando eu estiver falando sobre meu medo mais forte, você entenderá que é meu sonho mais vívido. Já disse que não consigo me explicar como quero e que, às vezes – às vezes? sempre – nem eu me entendo. Vou insistir: pra que perder tempo comigo? Faça que nem eles fizeram, não desperdicem o tempo comigo. Eles estavam certos? Com certeza. Pra que se esforçar pra entender aquele que não quer ser decodificado? Por mais que você saiba quem eu sou, sempre vou fazer de tudo pra confundir sua mente. Não quero que entre na minha, não entre. Mantenha suas limitações longe de mim, não quero deixar elas me afetarem, estou relativamente bem sem elas. Bem? Por melhor que eu esteja, sempre haverá algo pra me por pra baixo – se não houver, eu criarei. Está bem, por melhor que eu esteja, sempre vou fazer questão de parecer pior nas minhas criações. Não é do meu feitio ficar escrevendo do quão feliz estou, ou do quão bom foi meu dia. A tristeza, mesmo que forjada, me inspira – sempre. É bom que você saiba disso antes de perfurar minhas veias com duas pedras na mão, querendo criticar. Mas se quiser apedrejar, que o faça de uma vez. Não vou implorar por sua piedade – é o que eu menos preciso, sinceramente. Sou forte agora – antes não o era e, lamentavelmente, precisava do seu dó (mas isso é outra história, paremos aqui por agora). Você já está me conhecendo demais – ou está se perdendo nas linhas? A vontade de aprofundar-se no meu ser aumenta a cada palavra ou já está esgotada? Falei pra parar. Mas eu sei que vai continuar – não por mim, mas por busca de conhecimento. É sempre bom conhecer mais sobre alguém que quer ser conhecido. Mas, espera! Eu falei que não quero entendimento. Por que ainda tenta me decifrar? Prefiro ser indecifrável a ser vulnerável. Acho que já está na hora de realmente começar, ou você prefere que eu te enrole por mais alguns minutos? Não? Você não manda. Já perdi a conta de quantas vezes mandei você parar. Você é insistente – muito! Por um lado isso é bom. Insistência é uma boa característica – se for bem administrada. Caso contrário, torna-se uma arma de raiva – pelo menos pra mim. Se eu falo ‘não’ é porque é ‘não’. Confesso: nem sempre o meu não é não. O pior é que eu quero que você saiba quando meu não quer dizer ‘estou fazendo um charme’ ou quando meu não é realmente uma negação. Quando você não sabe diferenciar, você não consegue imaginar como eu me transformo. Aliás, você sabe...você não! Só não é pior que não conseguir distinguir a minha forma irônica de falar da minha forma sincera. Não que seja fácil, mas você, por querer fazer parte de mim, deveria saber. Quem disse que você quer ser parte de mim? Teria outra razão pra você ter chegado ate aqui? Isso aqui está se tornando mais um diálogo do que uma autobiografia propriamente dita, porém quem se importa? Eu não preciso rotular meu livro, ele é meu. Não dou a mínima também se eu me contradisser durante a minha escrita, se falar uma coisa e logo falar outra completa e absurdamente diferente. Já disse que tudo isso é meu – pelo menos isso é sempre meu. Já reparou quantas vezes eu usei ‘sempre’ depois dos travessões? Sempre é uma palavra tão abrangente, tão forte, tão concreta, tão eterna, infinita. Particularmente, já me cansei dela – contraditório sempre. As pessoas costumam usá-la com tanta freqüência mesmo sem saber o real significado. Não estou aqui pra julgar as pessoas – se eu quiser, eu o faço -, mas sim para me explicar – ou me complicar ainda mais. Admito que uso o ‘sempre’ de uma forma um pouco exacerbada e infiel, mas o ‘sempre’ é sempre ‘sempre’ no momento. A situação me faz acreditar que o ‘sempre’ sempre vai durar. E aposto que com você acontece o mesmo – um ponto em comum, certo? Ou não. Não quero me parecer com você. Se tem uma coisa de que eu sempre fiz questão foi de ser único. Especial pra alguns talvez, mas sempre único. Sempre? Nem sempre. Posso até ter sido sempre único, mas não me senti como se fosse. A minha singularidade já foi interpretada – não só pelos outros, mas por mim mesmo – como anomalia. E garanto, não é bom se sentir anormal. Não é bom ser um peixe fora d’água. Enquanto todo mundo é colorido e feliz, você está preto e branco. Sem graça. Petrificado pela sua diferença, sem poder agir, expressar-se, demonstrar algum tipo de sentimento. Paralisado pelo medo de ser crucificado por você ser o que é. Afinal, todos escolhem as suas personalidades, não? Se sou rude é porque eu sou rude, não porque eu o quero ser. Ninguém é amargo apenas por querer. Por outro lado, eu sou rude por não fazer questão de não o ser. É cômodo demais culpar a minha própria vida pelos meus traços pessoais. Se corto os pulsos é por isso e por aquilo. Se choro é por não ter a vida que eu desejo. De que adianta lamentar-ser eternamente? Os nós não vão se desatar sozinhos. Tento ao máximo fugir do comodismo e fazer algo pra mudar a minha parte não conveniente, meu lado sombrio. Mas de que seria a parte boa se não houvesse a ruim? Mudar não é a melhor opção. A sugestão seria controlar, equilibrar, adaptar. O mundo exige que você seja um camaleão propriamente dito – e por que não o ser? É sem graça demais ser constante – como se fosse engraçado ser totalmente inconstante -. Se pudesse escolher entre ter estabilidade mental ou não, sinceramente, não saberia. Eu gosto dos meus surtos neuróticos – às vezes. Ao mesmo tempo nunca fui estável suficiente pra saber se é bom ou não. Será que a estabilidade leva a monotonia? Esse é um dos meus grandes medos. Qual seria o sentido da vida quando não se tem mais nada pelo que lutar? Estou me alongando demais – essa introdução já está passando dos limites. Talvez ela me tenha feito ver que eu não sou capaz de escrever um livro sobre mim. Sempre vou querer discutir a minha interação do mundo. Realmente, ela me fez ver isso. Desisto! Isso não será mais um livro, será apenas um post em um blog pouco lido. Será esquecido com o passar do tempo – 3 dias no máximo? Pra quem queria ser imortalizado nos braços da literatura, morrer nas linhas de um texto sem rumo não é lá grande coisa. Porém vejo pelo lado bom... Consegui dissertar sobre mim e a minha relação com o mundo. Tudo bem que não foi nada se comparado com tudo que eu queria escrever, mas não acho que eu conseguiria escrever cem páginas sobre mim sem parar.Como sempre, perdi-me mais uma vez em minhas palavras. Quando vou conseguir me achar?
terça-feira, 15 de setembro de 2009
you're my joke.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
we mean nothing.
domingo, 13 de setembro de 2009
road.
sábado, 12 de setembro de 2009
ele se sente só.
Não se controla quando alguém lhe chama atenção
Não vê chances de se entregar a uma pessoa só
Seu coração é repartido em pedaços e em vão
Sua cabeça pensa em conquistar
Sem atar nenhum tipo de nó
Pra congelar os dedos só se for por cartão postal
Não quer fincar os pés num amor do tipo mortal
Destes que tem começo, meio
E quase sempre um triste final
Ele quer ser de todas
Como num eterno carnaval
Mas ele se sente só
Quando a noite cai
E quando vem o vazio
Ele nem sabe pra onde vai
Mas ele se sente só
Quando a manhã vem
Nunca está sozinho
Mas não quer olhar pra cara de ninguém
Pra congelar os dedos só se for por cartão postal
Não quer fincar os pés num amor do tipo mortal
Destes que tem começo, meio
E quase sempre um triste final
Ele quer ser de todas
Como num eterno carnaval
Mas ele se sente só
Quando a noite cai
E quando vem o vazio
Ele nem sabe pra onde vai
Mas ele se sente só
Quando a manhã vem
Nunca está sozinho
Mas não quer olhar pra cara de ninguém.
Por hoje, sem mais.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
leave me here.
living in a world without me.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
make your difference.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
feel good, feel bad.
domingo, 6 de setembro de 2009
hero.
Agora...Sinceramente, queria que voce fizesse mais falta, queria me importar um pouco mais. Tudo bem que eu ia sofrer um pouco, em vão, mas pai é pai. Alias, pai devia ser pai. Voce só foi pai enquanto eu tinha uma mãe. E depois, foi pai enquanto tinha uma mulher do seu lado, pra te ajud...MANDAR em voce. Agora que eu nao a suporto mais, cade meu pai? Mesmo que de fim de semana, cade meu pai quinzenal? Nao sei e nao sinto falta. Lembra-se quando eu te disse pra voce tomar cuidado, que um dia eu cresceria e nao precisaria mais dos seus cuidados? Então. Bem-vindo a minha maturidade, bem-vindo a minha versão que nao precisa de voce. Não que eu nao vá te ajudar quando voce precisar, longe de mim. Mesmo eu nao lembrando, voce ja deve ter feito muito por mim. Fez? Na sua cabeça, com certeza deve ter feito. Mas fez? Enfim. Se nao fez, nao vai ser agora que irá suprir todas as minhas necessidades. Ta, voce sabe que eu dramatizo demais, minha infancia/adolescencia nao foi tão ruim assim. NAO! Peguei-me falando com voce de novo, nao gosto. Eu sei que dramatizo demais - melhor agora. Mas eu gosto, me faz bem colocar pra fora mais do que eu realmente sinto. Ah! Nao é mais, é apenas em dimensoes diferentes. Enfim!
Embaralhei a historia da minha vida com o meu jeito de ser. Mas um deve ter a ver com o outro, nao? Se eu nao vivesse o que eu vivi, nao seria o que sou. Se eu nao fosse o que sou, talvez viveria de outro jeito. Uma pergunta: Quem nasceu primeiro - o ovo ou a galinha? Dá no mesmo. Um grande ciclo. E assim a vida segue. Sem respostas pras perguntas. Sem perguntas pras respostas. Sem saudade pra quem esquece. Sem esquecimento pra quem tem saudade. Voce tem saudade?
Só pra deixar claro: voce é meu heroi. Heroi por conseguir viver sem o sangue do seu sangue, heroi por conseguir fazer com que eu te odiasse um dia, mas acima de tudo, heroi por nao ter me erguido, por nao ter me feito ser o que eu sou. Voce é meu heroi por nao ser nada.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
ignorance.
Como há pessoas ignorantes! Não ignorantes por nao saber falar a própria lingua, mas ignorantes de alma. Fui obrigado a ouvir a seguinte frase : 'Enquanto voce escreve, se declara, eu rio da sua cara' - num tom de ironia. Confesso que me irritou bastante, mas logo pensei: 'nossa, ela nao sabe o que fala. As palavras embaralhadas que ela insiste em balbuciar não significam nada, nunca!'
Sei la, nao é questao de querer obrigar os outros a gostar do que eu escrevo. Se respeitarem, já estou feliz. Mas isso não se refere só a mim. Imagina o quanto de ignorancia ela nao vai espalhar? Quantas besteiras os outros não terão que ouvir? E, generalizando, as pessoas que nao tiverem uma cabeça boa, como se sentirão?
As pessoas, mesmo as ignorantes, deviam pensar mais antes de falarem alguma coisa. Por mais boba que seja, pode machucar mais do que se imagina. Nao que eu sempre meça, longe de mim, alias, bem longe. Eu falo tudo de uma vez, ate me perco nas palavras. Mas, admito que se pensasse mais, faria menos coisas erradas.
Nossa! Eu nao estou escrevendo coisa com coisa. Vou parar!