terça-feira, 29 de setembro de 2009

guilty pleasure.

terça-feira, 29 de setembro de 2009 0
Inconscientemente bêbado - é como se sente um ser excitado. Por pior que voce seja, sempre dará um bom caldo quando estamos necessitados. Qualquer buraco serve pra preencher o vazio da nossa alma. Prazer. Sexo. Libertinagem. Logo voce está uivando pela casa inteira. Subindo pelas paredes, gemendo, gritando. Tudo parece nao existir. O amor se torna tão invisível quanto a Aids. Onde está o lubrificador? Não há nada que saliva nao resolva. Mas não precisa, litros logo escorrerão pelo seu corpo suado. Litros de um líquido que traz vida e ao mesmo tempo mata. Pecado. Fecundação. Como separar o bem do mal? Seus cabelos estão bagunçados, mas quem se importa quando sua mão está dentro da minha cueca? Todos os princípios e morais estão indo ralo a baixo. Enquanto eu deveria penetrar na sua mente, penetro apenas no seu corpo dormente. Estou no seu coraçao? Não precisa responder, estou somente na sua parte úmida.
"Seus traseiros são lindos" é o melhor elogio que voce consegue receber. Mas o que voce esperaria agindo como um animal? Que eu elogiasse seus belos olhos ou a sua facilidade com as crianças?
Foi! O que estamos fazendo juntos? Vá para a sua casa, estamos terminados. Não tente simular arrependimento, voce sabia que ia se arrepender e mesmo assim o fez. Tudo se encerra numa abrupta jorrada sempre, isso não é novidade pra você - nem pra mim. Vá embora! Não quero precisar te abraçar sem sentir tesão. De que serve um beijo sem as mãos dentro da sua blusa? Seus cabelos não foram feitos para receber carícias, eles pedem para ser puxados com força. Sua mão pede muito mais do que a minha, sua boca também.
Vulgar. O corpo fala muito mais alto que a alma, mas quem eu sou pra tentar abafar o som do meu corpo? De que vale a alma se ela não pode ejacular? Só o corpo pode ser tudo o que quiser, ter tudo o que quiser. O corpo conquista, a alma afasta. O corpo enriquece, a alma padece. O corpo vive, a alma repousa. O corpo peca, a alma sofre. Ate quando o prazer ficará sobre os sentimentos? Sentim...O quê? Prazer!

myself.

Não sei se é excesso de futilidade ou falta de interesse. Será que é uma busca incessante por perfeiçao ou apenas por um encaixe? Eu nao possuo as respostas das minhas perguntas - não ainda. Quando eu penso estar me tornando alguém menos apegado às coisas materias e à futilidade do mundo... Quando eu penso estar pouco me importando com a beleza exterior, lá vem o peso de consciencia por olhar somente fora. Mas também não serei extremamente crítico comigo mesmo: se a alma alheia brilhasse tanto assim, não teria motivo pra eu querer a beleza superficial. Ou teria? Sinto-me fútil, incapaz de achar alguém pra mim. Ou é futil demais ou é feio demais. Ou quer demais ou quer de menos. Será que ninguém nunca ouviu falar em equilibrio? Talvez eu nao tenha ouvido, talvez eu nao saiba nada da vida, talvez nem queira saber. Nao quero saber, nao quero viver. Estou cansado, meus pés estão fatigados - literalmente - de tanto andar. Mas não vou parar, nunca vou. Só aos vinte e sete. Por enquanto, vou apenas me empenhar em ser uma pessoa melhor pra mim mesmo, nao pelos outros. Eles são ingratos. Nao que eu nao seja, mas pelo menos a minha propria gratidão espero ter de mim mesmo. Espero ser recompensado por tentar me fazer feliz.

domingo, 27 de setembro de 2009

hide and die.

domingo, 27 de setembro de 2009 0
A constituiçao federal é clara: O anonimato é VEDADO. Nao há motivos para se esconder atrás de suas palavras - mesmo que essas palavras sejam as mais vazias possíveis. Atirar para todos os lados, tentando fazer todos sangrarem. Ninguem sangra. Seus tiros são em vão. Que tiros? Sua arma é de brinquedo, o gatilho está emperrado - nem água sai mais. É sempre tão seguro de si quando tem seu bando em volta, sempre tão 'perverso' quando tem uma barra de saia pra correr. Prepotente. Não, voce não é nada. Voce mal foi gerado e foi mal gerado. Por que a deformação é interna e externa? Mal saiu de onde nunca deveria ter saído. Tão critico, tão cheio de si - tão insignificante. Deve ser por isso que se sente assim, rejeitado, excluido, marginalizado. No seu mundo imaginário, voce deve ter o seu súdito, mas a verdade é que ninguém te teme, ninguém te suporta. Faz questão de gerar ódio, mas e se eu dissesse que não tem como sentir nada? Voce é uma criança. Uma criança abominável, mas uma criança. Apenas vire para o lado, abrace o seu cobertorzinho e durma. O mundo não vai ser obrigado a te tolerar pra sempre. Quem procura, acha.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

friend of time.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009 0
Prepare-se para ouvir sobre o tempo - sempre o tempo. Nao sobre o tempo úmido e quente, mas o tempo que nos faz aprender, que me fez aprender. Fez-me aprender a mandar um pouco no meu coraçao, a nao entrega-lo tão facilmente. Fez-me aprender que eu nao posso gostar de quem nao gosta de mim - o tempo evita a minha dor e quando nao consegue evita-la, logo faz ela ir embora. Eles são grandes amigos, andam sempre juntos. Quando o tempo se vai, rapidamente - ou lentamente -, a dor o segue. Não importa o quando demore, a dor, no final, vai acabar correndo atrás dele. E quando se encontrarem, tudo ficará em paz. De mãos dadas, não os veremos - nem o tempo decorrido, muito menos a dor vivida. Eles se perderão. O resto ficará. O que é realmente nosso nem o tempo leva. Nunca apaga. O que é seu não faz amizade com o tempo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

love song.

terça-feira, 22 de setembro de 2009 0
Como eu queria escrever uma bela canção de amor agora. Seria capaz de escrever versos infinitos. Um dia, todo esse amor aqui guardado servirá pra alguma coisa. Queria que esse dia fosse hoje, só pra eu dedicar tudo isso a voce - quem é voce? Dedicar todas as doces palavras que estão implorando pra sair, porém não saem por nao possuirem destino certo. Elas são importantes demais para serem lançadas ao vento, rumo ao nada. Elas precisam ir. Mas você insiste em mantê-las aprisionadas. Aqui dentro, elas não significam muita coisa, só geram dor. Elas lutam pra se libertar - mas tudo o que conseguem é arrebentar-me por dentro. Por mais que elas tentem, não vão conseguir se não tiverem as chaves. A grade é de aço ou metal, já não me lembro mais. A força nunca venceu a sabedoria. Enquanto não se conciliarem com a mente, elas não vão encontrar o lugar a que realmente pertencem. Elas pertecem a mim - mas deviam pertencer a voce. Mais que isso, deviam pertencer a nós.
Sinto-me como se já tivesse falado tudo isso aqui antes. Não é novidade que sou repetitivo. Não sei como você ainda lê isso. Só voce lê isso! Lê e não entende, aposto. Mas não o quero também. Só quero que entenda que as palavras precisam tomar o caminho delas e logo. Elas precisam sair e ir. Elas precisam ser livres. Elas precisam de voce.
Onde está minha bela canção de amor?

childhood.

As coisas mais simples me dão uma vontade imensa de escrever. Hoje a minha inspiração é um chiclete. Não qualquer chiclete. É um chiclete de tutti-fruti com bolinhas coloridas em volta. Daqueles que dá vontade de comer vários. Daqueles que dá vontade de voltar a ser criança. Eis a minha inspiração: as minhas lembranças. Como já deve ter lido, não tive uma infância maravilhosa, mas não posso reclamar: ela me fez ser o que sou hoje - não me refiro só a minha personalidade, mas sim a minha suposta força. Mas saudades sempre existem. Saudades de me sujar inteiro com o sorvete – como se agora eu saísse ileso. Saudades de brincar na areia, de me esconder e querer fazer xixi, de ter medo de contar até cinquenta e sair pra procurar. Saudades de quando eu nao tinha responsabilidades - escovar os dentes era demais pra mim. Saudades de não ter que se preocupar com o futuro - só com as brincadeiras que eu inventaria no dia seguinte. Saudades de não ter que parecer bonito pra conquistar as pessos - a minha alma fazia isso por mim. Saudades dos sorrisos sinceros, dos tombos, dos arranhões. Saudades até das brigas infantis, dos choros por nada, das pirraças, da minha enrolação pra comer meio prato de comida. Saudades do meu leite com nesquique de morango com o pózinho que insistia em não se dissolver por completo, dos meu desenhos animados pela manhã, dos meus presentes do dia doze. Saudades de não ter que beber pra ficar feliz, saudades de odiar cerveja. Como eu sinto falta de ter uma familia unida, grande - tá, isso eu nunca tive, mas sinto falta mesmo assim. Falta de jogar meu super nintendo o dia inteiro e morrer de alegria quando eu 'zerasse' uma fita. Saudade de quando a palavra 'fita' significa realmente 'fita'. Seja fita de video-game, VHS ou os simples tapes com as historinhas pra dormir. Saudades do meu estojo gigante do mickey com milhões de cores e canetas. Saudades da minha Barraquinha do Gugu - o máximo que consigo agora é uma barraca armada. Saudades da minha inocência, da minha pureza. Falando em limpeza... Saudades de varrer o chão com a minha mini-vassoura e pensar que limpei a casa inteira.
Ah! São infinitas saudades, mas infelizmente, são coisas que não voltam mais. Só as revivo de vez em quando. Sinto-me criança. Sinto-me adulto. Sinto-me uma sanfona. Saudades da minha infancia.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

erase my dreams.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009 0
Por que há sonhos que nem lembramos ao acordar e outros que parecem tão real e quando acordamos queremos vivê-los de verdade - ou, nem em sonho, passar por aquilo de novo. Ultimamente, ando sonhado demais - enquanto durmo. Acordado, ando sem sonhos. Ando de estar e ando de seguir. Continuo em frente - totalmente sem sonhos. Sem sonhos, porque o que eu levo comigo não são sonhos - são apenas vontades impossíveis. Adormecido - não como a Bela, porque ela dorme tranquilamente -, tenho sonhos conturbadores, violentos, sarcásticos. Será a minha personalidade se revoltando contra a minha mente, tentando me enlouquecer? Outras noites, ela parece dar uma trela. Uma trela totalmente aparente - meus sonhos doem mais quando são bons. Minha mente faz-me pensar que está tudo certo, que eu estou bem. Acordo e cadê? Os sonhos viraram fumaça e caio de novo na minha realidade. Não que ela seja péssima, mas preferia voltar para o meu mundo de fantasias - e quem não?
Não quero descobrir um novo mundo toda noite. Não quero saber como seria se acontecesse isso ou aquilo. Os sonhos deviam tornar-se realidade - pelo menos os bons. Quem já nunca ouviu essa frase? Clichê. Odeio clichê. Torno-me clichê por odiá-lo. Mais clichê por falar que sou clichê por odiar clichês. Enfim, acordo.

sábado, 19 de setembro de 2009

love waits.

sábado, 19 de setembro de 2009 0
Por que sempre que eu conheço alguem e penso que é especial nunca é? Sabe aquele 'amor a primeira vista' - que na verdade não é amor. Nunca é amor. É apenas uma vontade de ser amor, de amar. Um deslumbramento, um encantamento que com algumas palavras já se acaba. A luz se apaga. O amor acaba. Que amor? Não é amor - é apenas vontade. Uma disponibilidade sem possibilidade - sabe o que significa? Creio que não. Existem raríssimas e pouquíssimas pessoas dispostas a isso - e por que diabos eu a encontraria com dezoito anos?
Como o amor, tudo isso vai ser breve. O amor é breve - ou deveria ser. Amor eterno não existe. Amor - por ser amor - é eterno.
Talvez as palavras o traga pra mim, talvez o afaste - talvez não afete. Talvez o amor esteja aqui - o amor está aqui - esperando.

bitter middle.

Eu aumento o som pra evitar as vozes que insistem em me falar o que eles querem. Não quero uma familia, nao quero filhos - não por nao gostar de crianças, sim por não ter um estrutura pra ser o alicerce de alguem. A droga, a musica, a fama, o alcool: tudo isso parece ser tão mágico. Um grande escape pra um covarde como eu. Sinto-me um covarde agora. Um covarde por não poder lutar pelos meus sonhos - não por falta de vontade, mas por falta de armas. Como eu queria ser digno de um verdadeiro amor eterno. Preciso tanto da pureza. Sinto-me sujo. Por que eu nao nasci judeu? Queria ser limpo de alma, queria ser sóbrio o tempo todo, lúcido. Sinto-me pecador. Sou pecador. Não me importo, só não gosto de estar no meio. O topo ou o fim do poço me satisfazem. Subir ou cair. Odeio o intermediário. Ser ou nao ser. O 'mais ou menos' não me convém. Amar ou odiar. A indiferença não me agrada nem um pouco. Gosto de ser notado, de chamar atenção. Gosto de passar despercebido. Tudo ou nada. Ser simplesmente visto não é do meu agrado. Conheça-me ou não. Importe-se ou não. Não fique entre os dois - nunca.
Já pensei em sumir de tudo. Já comecei a desaparecer. Voce pode não ter percebido, mas meu brilho está se apagando - se é que havia algum. Estou na transição. Mude ou não. Sempre estou no meio. Sou tudo e nada ao mesmo tempo. Sei muitas coisas, mas são só conhecimentos superficiais. Não seria melhor aprofundar-se em só uma coisa? Escritor, cantor, ator, fotógrafo, famoso, comum. Por que eu quero ser tudo e não sou nada? Normal ou estranho - odeio estar entre os dois. Odeio a minha inconstância constante - ou minha 'constância inconstante', que seja.
É do ser humano ser um misto de coisas. Aceito esse fato, mas gostaria de ser um aglomerado bom ou ruim - não um aglomerado intermediário. É evidente também que alguem não pode ser de todo bom ou mal - todo mundo é o intermediário. Alguns pendem para um lado, outros para o outro. E eu? Sinto-me apenas no meio. Doce ou salgado. Sinto-me amargo. Estou no meio - de onde eu não sei, mas estou. Maldito meio. Azedo meio.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

wrong beginning.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009 0
O que eu estou fazendo? Por que estou escrevendo isso? Quem eu penso que sou pra querer fazer uma autobiografia? Quem perderia o seu tempo lendo a história da minha vida? Acho que nem meus pais – por preguiça e por medo da decepção. Mas lá vamos nós. Não! Aqui vou eu, sozinho. Escrever os meus pensamentos, ser egoísta e egocêntrico. As palavras vão sair da minha mente – por que não teriam o direito de ser só minhas? E você? Pra que quer ler tudo isso aqui? São só mais alguns dramas adolescentes de um garoto inconformado, estranho e diferente. Não vale a pena, vá por mim. Desista agora! Você não vai conseguir me decifrar – não estou falando que você quer. As minhas memórias e os meus pensamentos são difusos e distorcidos demais pra sua mente limitada. Sim, eu o julgo se eu quiser: o livro é meu, e você não é obrigado a lê-lo.Ao contrário de todos os autores, escrevo pra você não ler, escrevo pra ser incompreendido, escrevo pra mim. Já no começo, recomendo-lhe a não ler. Mas que tipo de escritor é esse? Que não quer ser conhecido, que não quer ser reconhecido? Alguém disse que eu não quero? Eu quero a fama, mas não quero que você me entenda. Isso é possível? Como serei aplaudido pelas dúvidas sobre mim? Sinceramente, não sei. Sei apenas que quero a glória, não a compreensão.
“Coitado!” – você deve estar pensando. Que tipo de imbecil começa um livro sabendo que vai ser um fracasso? Não se esqueça que o fracasso de um, necessariamente, significa a vitória de outro. Não ligo de perder pra você ganhar – onde está meu egoísmo agora? Mas o que você ganha? Já se perguntou isso? Eu lhe respondo: você não vai descobrir, portanto pare – é a ultima vez que eu peço. Não gastarei todas essas folhas tentando evitar que você entre no meu mundo. Se quiser entrar, apenas entre logo. Só não diga que eu não avisei quando você estiver insano na página quarenta e dois em um quarto tentando saber o significado da palavra ‘pai’ pra mim ou quando estiver na última, xingando-me por não fazer um livro com começo, meio e fim. Talvez eu o faça, talvez não. Também não quero ouvir reclamações sobre as minhas interrogações e travessões – não consigo me expressar de outro jeito, às vezes. Bem, se está pronto, aperte os cintos de segurança e vamos navegar juntos. Juntos? Não acho que você gostaria de viajar comigo, e muito menos eu com você. Nossos sonhos não são semelhantes, nem um pouco. Viaje sozinho e descubra sozinho os meus sonhos, as minhas peripécias, as minhas loucuras, as minhas idiotices. Não vou guiar o seu caminho – nem por um segundo. Pelo contrário, vou escurecê-lo cada vez mais, até você não conseguir enxergar nada, mas fique tranqüilo, eu também estarei cego – as palavras sempre me tornam sombrio. Porém não pense que a escuridão é eterna. A luz aparecerá, mas não iluminará – já falei que não vou guiar o seu caminho -, ela apenas ofuscará seus olhos, dar-lhe-á um pingo repentino de clareza. Não se preocupe! Logo a escuridão é total novamente e você poderá tentar continuar seguindo. Garanto que não o levará a nada, mas o seu destino é continuar sempre. Como um moribundo sedente por vida, porém tudo o que vai achar é treva. As coisas que não podem se explicar com a luz, tentarão se esclarecer no escuro – nem sempre tentar é conseguir. Minha vida, minhas tempestades, meus dias ensolarados não ficarão evidentes pra você. Quando eu estiver falando sobre meu medo mais forte, você entenderá que é meu sonho mais vívido. Já disse que não consigo me explicar como quero e que, às vezes – às vezes? sempre – nem eu me entendo. Vou insistir: pra que perder tempo comigo? Faça que nem eles fizeram, não desperdicem o tempo comigo. Eles estavam certos? Com certeza. Pra que se esforçar pra entender aquele que não quer ser decodificado? Por mais que você saiba quem eu sou, sempre vou fazer de tudo pra confundir sua mente. Não quero que entre na minha, não entre. Mantenha suas limitações longe de mim, não quero deixar elas me afetarem, estou relativamente bem sem elas. Bem? Por melhor que eu esteja, sempre haverá algo pra me por pra baixo – se não houver, eu criarei. Está bem, por melhor que eu esteja, sempre vou fazer questão de parecer pior nas minhas criações. Não é do meu feitio ficar escrevendo do quão feliz estou, ou do quão bom foi meu dia. A tristeza, mesmo que forjada, me inspira – sempre. É bom que você saiba disso antes de perfurar minhas veias com duas pedras na mão, querendo criticar. Mas se quiser apedrejar, que o faça de uma vez. Não vou implorar por sua piedade – é o que eu menos preciso, sinceramente. Sou forte agora – antes não o era e, lamentavelmente, precisava do seu dó (mas isso é outra história, paremos aqui por agora). Você já está me conhecendo demais – ou está se perdendo nas linhas? A vontade de aprofundar-se no meu ser aumenta a cada palavra ou já está esgotada? Falei pra parar. Mas eu sei que vai continuar – não por mim, mas por busca de conhecimento. É sempre bom conhecer mais sobre alguém que quer ser conhecido. Mas, espera! Eu falei que não quero entendimento. Por que ainda tenta me decifrar? Prefiro ser indecifrável a ser vulnerável. Acho que já está na hora de realmente começar, ou você prefere que eu te enrole por mais alguns minutos? Não? Você não manda. Já perdi a conta de quantas vezes mandei você parar. Você é insistente – muito! Por um lado isso é bom. Insistência é uma boa característica – se for bem administrada. Caso contrário, torna-se uma arma de raiva – pelo menos pra mim. Se eu falo ‘não’ é porque é ‘não’. Confesso: nem sempre o meu não é não. O pior é que eu quero que você saiba quando meu não quer dizer ‘estou fazendo um charme’ ou quando meu não é realmente uma negação. Quando você não sabe diferenciar, você não consegue imaginar como eu me transformo. Aliás, você sabe...você não! Só não é pior que não conseguir distinguir a minha forma irônica de falar da minha forma sincera. Não que seja fácil, mas você, por querer fazer parte de mim, deveria saber. Quem disse que você quer ser parte de mim? Teria outra razão pra você ter chegado ate aqui? Isso aqui está se tornando mais um diálogo do que uma autobiografia propriamente dita, porém quem se importa? Eu não preciso rotular meu livro, ele é meu. Não dou a mínima também se eu me contradisser durante a minha escrita, se falar uma coisa e logo falar outra completa e absurdamente diferente. Já disse que tudo isso é meu – pelo menos isso é sempre meu. Já reparou quantas vezes eu usei ‘sempre’ depois dos travessões? Sempre é uma palavra tão abrangente, tão forte, tão concreta, tão eterna, infinita. Particularmente, já me cansei dela – contraditório sempre. As pessoas costumam usá-la com tanta freqüência mesmo sem saber o real significado. Não estou aqui pra julgar as pessoas – se eu quiser, eu o faço -, mas sim para me explicar – ou me complicar ainda mais. Admito que uso o ‘sempre’ de uma forma um pouco exacerbada e infiel, mas o ‘sempre’ é sempre ‘sempre’ no momento. A situação me faz acreditar que o ‘sempre’ sempre vai durar. E aposto que com você acontece o mesmo – um ponto em comum, certo? Ou não. Não quero me parecer com você. Se tem uma coisa de que eu sempre fiz questão foi de ser único. Especial pra alguns talvez, mas sempre único. Sempre? Nem sempre. Posso até ter sido sempre único, mas não me senti como se fosse. A minha singularidade já foi interpretada – não só pelos outros, mas por mim mesmo – como anomalia. E garanto, não é bom se sentir anormal. Não é bom ser um peixe fora d’água. Enquanto todo mundo é colorido e feliz, você está preto e branco. Sem graça. Petrificado pela sua diferença, sem poder agir, expressar-se, demonstrar algum tipo de sentimento. Paralisado pelo medo de ser crucificado por você ser o que é. Afinal, todos escolhem as suas personalidades, não? Se sou rude é porque eu sou rude, não porque eu o quero ser. Ninguém é amargo apenas por querer. Por outro lado, eu sou rude por não fazer questão de não o ser. É cômodo demais culpar a minha própria vida pelos meus traços pessoais. Se corto os pulsos é por isso e por aquilo. Se choro é por não ter a vida que eu desejo. De que adianta lamentar-ser eternamente? Os nós não vão se desatar sozinhos. Tento ao máximo fugir do comodismo e fazer algo pra mudar a minha parte não conveniente, meu lado sombrio. Mas de que seria a parte boa se não houvesse a ruim? Mudar não é a melhor opção. A sugestão seria controlar, equilibrar, adaptar. O mundo exige que você seja um camaleão propriamente dito – e por que não o ser? É sem graça demais ser constante – como se fosse engraçado ser totalmente inconstante -. Se pudesse escolher entre ter estabilidade mental ou não, sinceramente, não saberia. Eu gosto dos meus surtos neuróticos – às vezes. Ao mesmo tempo nunca fui estável suficiente pra saber se é bom ou não. Será que a estabilidade leva a monotonia? Esse é um dos meus grandes medos. Qual seria o sentido da vida quando não se tem mais nada pelo que lutar? Estou me alongando demais – essa introdução já está passando dos limites. Talvez ela me tenha feito ver que eu não sou capaz de escrever um livro sobre mim. Sempre vou querer discutir a minha interação do mundo. Realmente, ela me fez ver isso. Desisto! Isso não será mais um livro, será apenas um post em um blog pouco lido. Será esquecido com o passar do tempo – 3 dias no máximo? Pra quem queria ser imortalizado nos braços da literatura, morrer nas linhas de um texto sem rumo não é lá grande coisa. Porém vejo pelo lado bom... Consegui dissertar sobre mim e a minha relação com o mundo. Tudo bem que não foi nada se comparado com tudo que eu queria escrever, mas não acho que eu conseguiria escrever cem páginas sobre mim sem parar.Como sempre, perdi-me mais uma vez em minhas palavras. Quando vou conseguir me achar?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

you're my joke.

terça-feira, 15 de setembro de 2009 0
Estou procurando pela sua alma. Nao vai mostra-la pra mim agora? E nao, isso nao é pra voce, nao leia! Meus olhos ficaram vidrados, mas em que? Eu só queria ver a sua alma, não o corpo. Paralisei-me olhando no fundo dos seus olhos. Voce estava de costas, mas eu juro que vi, vi la dentro. Nao conseguia parar de olhar e mesmo quando fechava os olhos eu continuava vendo. Nao sei o que eu via, mas eu via e muito. E percebia que voce era diferente. Ao mesmo tempo que aguçava todos os meus sentidos, voce me cegava. Era voce e nada mais. As luzes do altar confudiam-se com o brilho da sua alma. Eu vi a sua alma? Não tenho dúvidas, eu a vi claramente, nitidamente. Ela reluzia mais que ouro e era mais valiosa que diamente. Mas para que ficar fazendo analogias se ela é unica? Um pouco idealizador, um pouco suicida. Um pouco romantico, muito romantico. Nao esse romantico que voce está acostumado a ver, que abre as portas do carro, que entrega buquê de flores. Um romantico mais sombrio, um romantico mais romantico - se é que voce estudou literatura. Voltando à alma. Aquela alma...O meu sol. Por alguns instantes, ela seria meu sol pra sempre. Contraditório. Assim que me sinto: contradizendo-me sempre, caindo nas minhas proprias armadilhas e pegadinhas, afudando-me na minha propria piada - que está crescendo a cada dia. Eu rio de voce e voce ri de mim, estamos quites? Estamos só perdidos. Por que somos obrigados a rir da diferença? 'Para de viajar, Ricardo. Voce estava falando sobre a alma...' - Ah! Essa alma já não me encanta mais, porque já não a vejo, nao a sinto. Como continuar obsecado por algo que voce nao pode tocar? Nao quero mais falar sobre a sua alma, ela escureceu. O sol pôs-se. Pensei que ficaria admirando-o eternamente, mas só pensei isso por alguns instantes. Menos contraditório. Aos poucos vou me decifrando, mas continuo enganando-me. Mais contraditorio. A minha piada nunca termina. Mesmo que eu me apaixone, mesmo que eu siga esse amor sempre, mesmo que eu penetre na sua alma, mesmo que ela me encante mais que tudo. A piada é infinita - e é minha.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

we mean nothing.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009 0
Está na hora de parar. O que eu fui nao significa mais nada. As palavras que um dia eu falei com verdade não saem mais por essa boca que nao quer mais beijar a sua. Nao que elas tenham se tornado mentira, elas apenas não se tornaram nada - elas se tornaram nada. São as palavras vazias que voce insiste em me fazer falar, mas eu nao o vou fazer. Nao por egoismo, mas por sincridade. Nao quero mentir que sinto sua falta sempre, que quero conversar com voce horas por dia - apenas nao quero mais nada. Voce realmente entende o que significa 'NADA'? Nao, voce nunca entende nada - nem o 'nada'. Sabe o que é voce cavar, cavar e nunca chegar ao fundo? Nao por nao ter, mas por simplesmente estar tudo vazio, nao há terra, nao há nada. Por mais que voce procure, nao vai achar. E se é possivel, quanto mais procura, menos acha, menos eu quero mostrar. Tambem não adianta voce tentar ficar relembrando da nossa ex-vida - isso existe? - cor-de-rosa, ela já está completamente preta e branca. Nao há motivos pra insistir: voce diz que nao quer e eu quero muito menos. Nao há amizade, nao há companheirismo, não há amor. Quando voce vai perceber que não há mais nada? Vai demorar pra ver que nós não significamos mais nada? Nós significamos nada.

domingo, 13 de setembro de 2009

road.

domingo, 13 de setembro de 2009 0
Já é a quarta vez que eu tento postar, mas todos os outros textos estão indo só pro rascunho. O que tá acontecendo? Acho que estou vazio ou sempre estive e só agora me dei conta. Continuo com tudo pra falar, mas sem nada ao mesmo tempo. Vou ser sempre o mesmo? Por quê? E se eu quisesse mudar? Acho que nao conseguiria - a essencia é unica e eterna. Mas nao preciso de mudanças, só preciso me encontrar, mesmo sabendo que nao estou totalmente perdido. Sinto que estou no rumo certo - Deus guia o meu caminho. Mesmo sem saber onde chegarei ou pra onde estou indo, sei que estou no caminho certo. Sinto o vento nos meus cabelos - ou na minha falta de - e sei que vou sempre continuar seguindo. Por mais duro que seja, por mais devagar que eu ande, nao posso parar - nunca. Latas alcoolicas pra abastecer o carro - o que mais seria? As fumaças nao me satisfazem, nunca satisfizeram. Preciso mais do que isso pra me sentir vivo. Talvez o coraçao batendo mais rapido, a ansiedade, a busca incessante por algo que eu nao consigo decifrar. Nao preciso decifrar, esse sentimento se decodificará sozinho na hora certa - de novo o bendito tempo. Espero que nao demore muito, mas eu espero. Espero? Nao. Eu vou vivendo, levando... Lutando, sonhando... Esperando... Nao! Eu nao espero, porém tambem nao vou atras do que eu quero - não por falta de coragem, mas por nao saber o que eu quero. Acho que é pura vontade de viver algo novo. Nao quero me arriscar. Quero algo novo. Nao quero me arriscar. Tenho medo. Eu quero! Nao quero sofrer. Eu preciso. Nao. Não?

sábado, 12 de setembro de 2009

ele se sente só.

sábado, 12 de setembro de 2009 0

Não se controla quando alguém lhe chama atenção
Não vê chances de se entregar a uma pessoa só
Seu coração é repartido em pedaços e em vão
Sua cabeça pensa em conquistar
Sem atar nenhum tipo de nó

Pra congelar os dedos só se for por cartão postal
Não quer fincar os pés num amor do tipo mortal
Destes que tem começo, meio
E quase sempre um triste final
Ele quer ser de todas
Como num eterno carnaval

Mas ele se sente só
Quando a noite cai
E quando vem o vazio
Ele nem sabe pra onde vai
Mas ele se sente só
Quando a manhã vem
Nunca está sozinho
Mas não quer olhar pra cara de ninguém

Pra congelar os dedos só se for por cartão postal
Não quer fincar os pés num amor do tipo mortal
Destes que tem começo, meio
E quase sempre um triste final
Ele quer ser de todas
Como num eterno carnaval

Mas ele se sente só
Quando a noite cai
E quando vem o vazio
Ele nem sabe pra onde vai
Mas ele se sente só
Quando a manhã vem
Nunca está sozinho
Mas não quer olhar pra cara de ninguém.

Por hoje, sem mais.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

leave me here.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009 0
Se ontem eu quis que todos me conhecessem, hoje eu só quero sumir. Pode ser pura vaidade ou mesmo futilidade, mas o que importa é que eu quero desaparecer. Morar no meio do mato, longe de pessoas, longe de gente de verdade. Eu, meu animal de estimaçao e Deus. Quem poderia estragar nossa felicidade la? Não existiria ninguem. Seria só eu e os seres abstratos. Minhas crenças, minhas histórias, tudo seria sobre mim. Eu realmente nao acho que seja egoismo, seria só um escape, uma rota de fuga. Alguns sentiriam minha falta, mas logo esqueceriam-se. Ninguem é insubstituivel - e nem meu egocentrismo me prova o contrario. Esconder meus pensamentos, meus sentimentos, meu medos, minhas lutas, minhas vitorias - afinal, por que isso importaria pra voce? Do mesmo modo que a minha derrota nao te coloca no fundo, minha vitória nao vai te erguer. E eu nao preciso que voce me conheça - nao superficialmente. Se quer falar, se quer saber, tente entrar na minha mente e descobrir o que eu sou - ou o que eu não sou. Por mais que eu fale, nunca vou conseguir te passar o que eu realmente quero. Mas...Eu quero te passar alguma coisa? Nao! Só preciso escrever pra aliviar a dor aqui de dentro - juro que é melhor que se cortar. Quanto mais eu escrevo, mais coisa eu coloco pra fora e menos voce me conhece. Quanto mais voce lê, mais se perde em mim. Quanto mais voce lê, mais eu quero que me esqueça, que nao pense em mim, que nao entenda. Nao quero que se perca, apenas quero que saia. Saia, por favor, eu imploro. Nao tente se aproximar, nao quero sua companhia - ela me machuca mais do que voce pode imaginar. Quanto mais voce lê, mais dói. E nao é aquela dor de cair de um sofá, de um tropeço. É uma dor que voce nao sabe de onde vem, mas que anestesia e corroe. Quando voce se vê, está em pedaços, sangrando, sem saber pra onde ir, sem saber por que tem que ir. Voce apenas quer parar, nao quer seguir em frente. Pra que prosseguir? Adiantaria alguma coisa? Voce me entenderia mais se eu seguisse em frente eternamente? Aposto que sim, voce entenderia se eu tentasse me explicar, mas eu nao queria precisar me explicar. Queria que entendesse só de olhar no fundo dos meus olhos. Queria lhe abraçar - quem é voce? - e lhe passar toda a minha angústia - não pra voce sofrer, mas pra voce saber o que se passa aqui. Se bem que de nada adiantaria. Mesmo que voce entendesse, faltaria o resto do mundo. (...) Pensando aqui comigo, por que eu preciso tanto ser entendido? Ah! Mas eu nao preciso, só nao quero me conheçam, quero passar despercebido. Voce nao sabe o quanto eu daria pra ser a pessoa mais simples do mundo agora. Sem todo esse rebuscamento, essa complexidade. Queria ser simples como uma grama verde que nasce da terra, como o sorriso sincero de uma criança - mas eu queria um sorriso eterno. Por que voce nao entende minhas vontades, minhas virtudes? Se entendesse, eu te odiaria. Se tentasse, eu te mataria. Eu nunca valorizo quem está disposto a ajudar mesmo. Maltrato quem me quer bem. Por que voce nao entende meus defeitos, minha maldade? Nao quero que entenda, vá embora. Deixe-me aqui com as minhas injúrias e lamentaçoes, com o meu drama infantil. Voce nunca se importou, ninguem nunca se importa. Nao me sinto privilegiado - ou o oposto - por ninguem se importar. Ninguem se importa com ninguem mesmo. Ok, prometo que nao vou começar a falar de como o mundo é mau, parei. O problema agora sou eu - aliás, sempre fui um problema pra mim mesmo. Sempre o filho perfeito, o irmão atencioso, o neto brilhante, o sobrinho inteligente. Mas quem se importou com o que eu era pra mim mesmo? O meu significado de mim, quem quis saber? Acho que nem eu quis e nao quero. Quero esconder-me ate de mim mesmo - num abismo. Isso seria certo, seria justo? Quem liga pra justiça quando nao se está feliz? Nao queria ser justo, muito menos correto. Só queria que todos pudessem ser quem são. Voce nunca entenderá. Deixe-me aqui.

living in a world without me.

Quanto mais voce insiste, mais eu me afasto. Quanto mais voce fala, mas eu nao quero ouvir. As suas palavras sempre me atormentaram, não é de hoje. Exceção para aquelas doces e raras palavras, que eram tudo o que eu queria ouvir, mas elas já estão amargas. O tempo levou todo o açucar embora. Mas eu nunca desejaria nao ter ficado o tanto que eu fiquei. Já que nao nos resta outra coisa, fiquemos com a experiencia, com a aprendizagem. Magia já não há. O encantamento só durou enquanto estavamos dormindo. O sol chega, entra pelas frestas e despertamos, subitamente. Não mais que de repente, percebemos - eu percebo - que já nao se pode dormir com a luz da verdade te cegando. Porém pra que culpar a luz? Ela é tão clara e fiel, tão real, tão...tão... verdadeira, pura! Por que culpa-la? Se nao fosse ela, estariamos com os olhos fechados - talvez mais felizes? - e vivendo na ignorancia, sem conhecimento. Não dá! Odeio nao saber o que se passa ao meu redor, odeio nao saber como me comportar, como agir. E nao vou inventar desculpas agora, apenas não posso. Faço isso por mim, quero me conhecer, quero saber até onde posso chegar, quero me provar. Nao posso viver pensando que nao há vida sem voce, porque há e muita. Ja devo ter dito isso, mas é bom reforçar: ninguem precisa de ninguem pra viver. A saudade consegue suprir a falta, e com o tempo - sempre o tempo -, voce se acostuma. A sua vida é só sua, ela é pra voce vivê-la da melhor maneira possivel. E eu vou viver a minha - da melhor maneira ou não, vou vivê-la ao maximo. E voce deveria fazer o mesmo. Promete?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

make your difference.

terça-feira, 8 de setembro de 2009 0
Pra que insistir em falar sobre algo que nao lhe diz respeito? Deixe-me sozinho. Cansei de ter que me esconder para o seu brilho ser mais forte. Mas, por outro lado, nao quero ofuscar sua mente. Suas teorias nao condizem com a realidade. E as minhas, condizem? Impossivel ser totalmente fiel a tudo. Seguir regras e padrões sempre, sem quebrar uma só etiqueta. O que seria do mundo sem as diferenças? E o que é o mundo com as diferenças? Está tudo ruim, mas se fosse de outro jeito, quem garante que nao estaria pior? Nem a sua própria casa é um lugar seguro, nem uma muralha. Voce nao pode escapar de si mesmo. E nao seria pior morrer por si do que por outras mãos? Mãos? Nao! Palavras matam mais que as mãos - violentamente, brutalmente. E como construir um escudo contra essas palavras que insistem em entrar? O tempo. O tempo te ajuda a absorver melhor as coisas - não só as palavras - e perceber que sempre poderia ser pior. Quando voce sabe o que é, nao importa o que pareça ser. Voce se conhece por dentro, sabe o que possui, conhece verdadeiramente a sua essência, a sua origem, o seu caráter, a sua moral. Mesmo que as palavras entrem, elas nao te atingirão de tal forma. O tempo é seu grande amigo agora. Ele e a experiencia, a convivência, a diferença. A diferença? A diferença é a principal lançadora de palavras, como ela pode ser sua aliada? Se é ou não, realmente nao sei, mas rimou - e isso é o que importa agora: as minhas palavras. Elas nao me machucam. Podem lhe machucar, mas e dai? O mundo é egoista, por que eu seria diferente? Simplesmente porque eu preciso ser diferente, e voce tambem! As palavras são diferentes, mas às vezes, são entendidas como iguais. Um 'Eu nao gosto de voce' pode soar como um 'Eu te odeio' se voce quiser. E cá entre nós, são coisas totalmente diferentes, não vê? A diferença, por mais sutil que seja, nao a deixa de ser. Aprenda a aceita-la e a ve-la nao como uma coisa ruim ou estranha, apenas como o que ela é: diferente. Não tão diferente assim, dependendo do ponto de vista. O diferente pra voce pode ser igual para ele ou vice-versa. A sua visão limitada que define o que voce enxerga e a maneira que voce o faz. Seja amplo, seja diferente, seja o que quiser. Mas seja!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

feel good, feel bad.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009 0
Meu final ainda vai ser triste. Quem mandou eu querer abraçar o mundo? Quem mandou eu sempre tentar alegrar a vida de todo mundo ao mesmo tempo? Já me dei conta que isso é impossivel. Por mais que eu queira, sempre um estará insatisfeito. Só rezo pra que esse nao seja eu, porém, inevitavelmente, será. Eu nunca sei dizer nao. Eu nunca quero dizer nao. E pra que dizer nao? Eu nunca vou saber. Deveria me preocupar menos com o bem estar alheio e me importar mais com o meu. Sim, voce sabe que eu sou completamente egoista, às vezes. Mas em grande parte do tempo, eu tento fazer com que as pessoas se sintam bem. "Nossa! Que bonzinho que ele é, não?" - voce deve estar pensando. Pois pense o que quiser. Só quero que se sinta bem, nao precisa me entender.

domingo, 6 de setembro de 2009

hero.

domingo, 6 de setembro de 2009 0
Como eu nao tenho nada de bom pra falar e estou precisando muito escrever, vou revirar o passado. Ou presente? Ah! Sei la. Vou trazer das cinzas algo que está enterrado, mas as vezes renasce. Morre de novo e nasce - e assim sucessivamente, desde que eu me entendo por gente. Eu falei 'gente', ou seja, a partir dos dez anos. Nao que eu nao fosse gente antes, mas eu já disse que tenho uma memoria pessima. As recordaçoes começam do dia que voce foi embora. Eu nao entendi o porquê, voce apenas gritou algumas palavras e foi. Eu tentei esconder a chave, mas voce era mais forte - era, agora eu o sou - e conseguiu acha-la e pega-la de mim. Ela tentou me explicar o motivo da sua partida, mas foi duro entender. É duro entender. Eu ainda nao entendo. Sou uma criança quando se trata disso. Acho que desde aquele dia, parei de crescer. Continuei com os meus dez anos, porém dez anos fortalecidos com oito. Oito anos de experiencia, oito anos de ausencia. Se eu disser que nao fez falta, voce saberá que estou mentindo. Se eu falar que faz falta, eu saberei que estou. De uma maneira ou de outra, eu acabei te deixando ir embora. Às vezes, doi - raramente. Mas eu estou bem, sobrevivi. E talvez estivesse pior se voce tivesse continuado aqui, talvez nao estivesse tão forte, talvez nao fosse quem eu sou, nao pensaria como eu penso, nao escreveria do jeito que o faço. Talvez eu nao seria o idealizador que sou, talvez eu nao valorizasse quem lutou por mim e pra mim, quem esteve sempre ao meu lado e eu nao percebi. Todas as nossas brigas foram degraus e se eu estou mais no alto, é porque voce nao conseguiu me levantar. Foi por esforço proprio - e ajuda das pessoas a que me referi. Esforço proprio. Eu fui capaz de lutar pelos meus 'ideais' - por mais simples que eles fossem - e alcancei a maioria deles. Se bem que ainda há muito pela frente, mas quem se importa? Eu ja falei que sou forte agora, nao graças a voce, mas graças a falta de voce.
Agora...Sinceramente, queria que voce fizesse mais falta, queria me importar um pouco mais. Tudo bem que eu ia sofrer um pouco, em vão, mas pai é pai. Alias, pai devia ser pai. Voce só foi pai enquanto eu tinha uma mãe. E depois, foi pai enquanto tinha uma mulher do seu lado, pra te ajud...MANDAR em voce. Agora que eu nao a suporto mais, cade meu pai? Mesmo que de fim de semana, cade meu pai quinzenal? Nao sei e nao sinto falta. Lembra-se quando eu te disse pra voce tomar cuidado, que um dia eu cresceria e nao precisaria mais dos seus cuidados? Então. Bem-vindo a minha maturidade, bem-vindo a minha versão que nao precisa de voce. Não que eu nao vá te ajudar quando voce precisar, longe de mim. Mesmo eu nao lembrando, voce ja deve ter feito muito por mim. Fez? Na sua cabeça, com certeza deve ter feito. Mas fez? Enfim. Se nao fez, nao vai ser agora que irá suprir todas as minhas necessidades. Ta, voce sabe que eu dramatizo demais, minha infancia/adolescencia nao foi tão ruim assim. NAO! Peguei-me falando com voce de novo, nao gosto. Eu sei que dramatizo demais - melhor agora. Mas eu gosto, me faz bem colocar pra fora mais do que eu realmente sinto. Ah! Nao é mais, é apenas em dimensoes diferentes. Enfim!
Embaralhei a historia da minha vida com o meu jeito de ser. Mas um deve ter a ver com o outro, nao? Se eu nao vivesse o que eu vivi, nao seria o que sou. Se eu nao fosse o que sou, talvez viveria de outro jeito. Uma pergunta: Quem nasceu primeiro - o ovo ou a galinha? Dá no mesmo. Um grande ciclo. E assim a vida segue. Sem respostas pras perguntas. Sem perguntas pras respostas. Sem saudade pra quem esquece. Sem esquecimento pra quem tem saudade. Voce tem saudade?
Só pra deixar claro: voce é meu heroi. Heroi por conseguir viver sem o sangue do seu sangue, heroi por conseguir fazer com que eu te odiasse um dia, mas acima de tudo, heroi por nao ter me erguido, por nao ter me feito ser o que eu sou. Voce é meu heroi por nao ser nada.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ignorance.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009 0
Estava pensando em que escrever, mas quando lembrei...Senti na hora que precisava discursar sobre isso!
Como há pessoas ignorantes! Não ignorantes por nao saber falar a própria lingua, mas ignorantes de alma. Fui obrigado a ouvir a seguinte frase : 'Enquanto voce escreve, se declara, eu rio da sua cara' - num tom de ironia. Confesso que me irritou bastante, mas logo pensei: 'nossa, ela nao sabe o que fala. As palavras embaralhadas que ela insiste em balbuciar não significam nada, nunca!'
Sei la, nao é questao de querer obrigar os outros a gostar do que eu escrevo. Se respeitarem, já estou feliz. Mas isso não se refere só a mim. Imagina o quanto de ignorancia ela nao vai espalhar? Quantas besteiras os outros não terão que ouvir? E, generalizando, as pessoas que nao tiverem uma cabeça boa, como se sentirão?
As pessoas, mesmo as ignorantes, deviam pensar mais antes de falarem alguma coisa. Por mais boba que seja, pode machucar mais do que se imagina. Nao que eu sempre meça, longe de mim, alias, bem longe. Eu falo tudo de uma vez, ate me perco nas palavras. Mas, admito que se pensasse mais, faria menos coisas erradas.
Nossa! Eu nao estou escrevendo coisa com coisa. Vou parar!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

where are the words?

terça-feira, 1 de setembro de 2009 0
Sinto como se eu tivesse que procurar algo. Sempre insatisfeito, mas completo. Eu me sinto completo. Mesmo as pessoas falando que voce precisa de alguem pra se sentir completo, eu me sinto completo sozinho. Insatisfeito sim, imcompleto nao. E estarei assim ate encontrar o que eu preciso ou simplesmente ate nao ser mais. As palavras me faltam...
 
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