segunda-feira, 27 de junho de 2011

far means far.

segunda-feira, 27 de junho de 2011 0
Eu poderia fumar um maço se fosse necessário... Só pra poder sentir o cheiro da sua presença. Beberia garrafas e mais garrafas pra ter você aqui nos meus braços, procurando as infinitas marias que existem no céu. De mãos dadas pelas ruas, seriamos acertados por balas, flechas e carros descontrolados - passaríamos intactos. Eu poderia dançar noite adentro e ficar acordado madrugada afora, dentro de um cubo preto, cheio de fumaças - com você me olhando. Dançaria até ficar cansado e você me fazer descansar. Faria você dançar até você querer que eu o fizesse descansar. Compraria rosas rosadas, avermelhadas e brancas, só pra o ver sorrir aquele sorriso sereno e manso que consegue me deixar atônito. Eu poderia ficar sóbrio pro resto da vida, só pra conseguir te fazer dormir quando você precisar de mim acordado, pra fazer você enxergar o próximo degrau da escada, mesmo que eu precise cair pra conseguir lhe mostrar o quão longe ainda estamos. Estamos longe de termos um final, estamos longe de termos um começo. Estamos longe de tudo o que passamos, estamos longe de nós mesmo. E se eu tivesse papel e caneta agora, não precisaria escrever uma palavra sequer - e mesmo que precisasse, elas não sairiam. Eu só queria lhe mandar um carta com toda a chuva que meus olhos produziram e o carinho que ainda guardo pra você.

domingo, 12 de junho de 2011

bad kids.

domingo, 12 de junho de 2011 1
Nos achamos tão diferentes e únicos ao ponto de odiarmos o resto do mundo e não darmos a mínima para o que eles dizem ou pensam. Bad kids - é o rótulo que levamos daqueles que imaginam nos conhecer. Descolados, inteligentes e engraçados, quem merece estar ao nosso lado? Quem merece ser o que somos ou ter o que temos - o que temos, na verdade? Eles riem de nós enquanto rimos deles, mas o nosso riso é mais alto, é melhor, é mais sincero. Eu nem sei porque eu estou escrevendo isso, nem sei o motivo de eu estar comparando você a toda essa multidão ai fora, você é único, sabia? Eu não, sou mais um ai, um wannabe poeta, que murmura pelos cantos e reclama até pelos leites não derramados. Egoísta, egocêntrico. Parei: não estou aqui para falar de mim, quero falar de você, de nós... Porque não existe você sem mim e não existe mim sem você, não é mesmo? Com o tempo, fomos nos transformando em uma coisa só, um ser indefinido, um alienígena de quatro braços e duas cabeças. Um coração, não quero que tenhamos dois corações. Quero que sejamos juntos e estejamos juntos, que sintamos juntos e ajamos juntos - juntos, cada um em sua individualidade. E é por isso que não cansamos de ser um só, porque somos individuais. Dois indivíduos com duas mentes separadas, duas visões que são capazes de enxergar um ao outro. E por mais que nos achemos diferentes, sabemos que somos iguais. Somos iguais a toda essa lotação do metrô, a toda essa gente caminhando pelo centro da cidade. Mas por quê, então, eu consigo ler sua mente enquanto o resto só vê o que está por fora? Por quê você olha para o meu rosto e já consegue decifrar todos os meus sentimentos, enquanto os outros só conseguem ver dois olhos, um nariz e uma boca rosada? Você sabe, Amor (com A maiúsculo e tom forte), nós somos iguaizinhos a todas as outras pessoas, a todos os outros corpos e carcaças. A diferença, eu conto, só pra você ler: a nossa diferença é que eu tenho você e você tem a mim.
 
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