quinta-feira, 29 de julho de 2010

worthless.

quinta-feira, 29 de julho de 2010 0
E eu poderia desistir da vida agora, mas sabemos que ela me chamaria de volta algum dia. Então pra que vou rastejar, vou implorar por um amor que se recusa a ser meu? Um amor que eu nem mesmo sei se quero, um amor que se acabará sem nenhum por que ou propósito, somente acabará como todos os outros. E posso dizer agora que estou inspirado e meu peito está estranhamente apertado. Não quero mais ouvir sua voz ou ver você sorrir. Cansei de procurar os seus traços em outra pessoa qualquer, não o vou fazer mais - mesmo porque eu nunca acharia. Alimente-se de seu egoísmo e contente-se em ser tudo para si mesmo, que eu farei o mesmo. Continuarei fingindo ser auto-suficiente e completo. Vá, não fará diferença daqui a alguns meses, eu nem sequer lembrarei seu nome - você sequer me falou seu nome. Não vale a pena gastar minhas lágrimas nisso, não vale a pena. Você não vale a pena. O amor não vale a pena se não for pra sempre.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

no beginning and no end.

quarta-feira, 28 de julho de 2010 0
Há quanto tempo eu nao sento aqui para refletir e contar como está minha detestável vida. Talvez eu tenha amadurecido um pouco e, com isso, tenha me desinspirado também. Ou só não tenho o que contar... Quem sabe? Sinto-me obrigado a escrever aqui nesse momento, mas é como se eu ainda estivesse digerindo o mundo nesses ultimos dias. As palavras não sairão saltitantes e espontaneas, já vou logo avisando. Tenho comido mais que vomitado. Absorvendo artes e guardando-as pra mim mesmo, para que, na hora certa, elas saiam, mais ou menos, equilibradas e com sentido. Reformulando os pensamentos e criando opiniões sobre os diversos pontos de vida que nos mostram. Talvez eu seja contra o aborto, talvez eu seja a favor - seja o que quiser, mas seja consciente. Não chegue descarregando tudo sem pensar ou atropelando as suas ideias com as suas mãos trêmulas. Nunca pensei que diria isso, mas reflita, como eu estou refletindo. Ok, quem sou eu pra lhe dar conselhos? Quem é você para ouvir? Quem disse que eu estou realmente refletindo? Por mais que se passe o tempo, sempre vou continuar essa confusão. Mas advirto: reflita! E advirto: nao siga meus conselhos! Ah! Se eu estivesse realmente refletindo, não estaria aqui escrevendo essas baboseiras. Mas se eu nao estivesse aqui, com certeza, não estaria refletindo. Quer saber? Vou continuar escrevendo minhas porcarias quando achar que já refleti o suficiente. E mesmo se perceber, bem no meio das minhas alucinações, continuarei com meus devaneios ininterruptamente para não perder o fio da meada - a diferença é que meu fio não tem começo nem fim.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

desperate.

segunda-feira, 5 de julho de 2010 0
Parecia que a placa com letras garrafais brancas e fundo vermelho tentava me dar uma ordem, mas como eu nunca fui de obedecer muito, prossegui. Era como se eu tivesse me destruindo e, fazendo isso, eu nascia de novo, fortalecia-me. Por mais cigarros que eu fumasse e mais vinhos que eu bebesse... Nada seria o suficiente pra fazer aquela dor passar. As pessoas passavam e olhavam: "O quê esse menino tá tentando fazer no meio da rua?". Danem-se! Eu estava tentando me colocar dentro de uma bolha e, aparentemente, estava conseguindo. A única coisa que me despertava, às vezes, era aquela pequena criatura indefesa que eu levei comigo - ela ficava rodando em torno de mim, tentando explorar o ambiente, conhecer tudo o que havia ali. Enquanto eu queria sumir, ela queria aparecer. Eu queria desconhecer, ela queria se apresentar, se mostrar. Frágil, eu teria que dar conta de me matar e não deixa-la morrer - e cá entre nós, nunca fui bom em conciliar vida e morte, nunca fui bom com meios termos. Quatro apagados, uma vazia - de que importa sobre o que estou falando? Minhas pernas ficaram bambas e eu só me dei conta quando já estava tremendo. Como eu iria voltar pra casa? Ah, eu estava longe e perto ao mesmo tempo, como se eu estivesse em outro mundo e só com dois passos, já estava em casa de novo. Parece-me que a criaturinha não era a única insegura, né? Não saio de perto da calçada pra não me perder, sempre tive medo de alcançar o que não tem volta. Voltei! Era como se nada houvesse acontecido, eu só sentia vontade de deitar e nunca mais levantar, mas outra vida precisava de mim - pequena e sincera criatura. Ia começar a falar do meu amor puro e sincero por ela, mas acho que essas histórias melosas estão muito desatualizadas. Então a lavei e continuei com meu desespero. Carrego-o até agora. Até quando?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

i can't see the light.

sexta-feira, 2 de julho de 2010 0
Mais uma decepção. Quão previsível era. O mundo gira e tudo está no mesmo lugar sempre. O homem é o mesmo em todas as épocas e todos os lugares, continua um idiota, um destruidor. Não me refiro só a voce, refiro-me a mim. Saindo dos meus doze anos diretamente pro inferno. Com vontade de usar e abusar de tudo o que tenho e não tenho direito. Sabe aquela falta, aquele vazio que eu sempre sinto? Pois é. Ele voltou e está ainda mais intenso. A escuridão é sempre mais escura depois que você sai da luz. E por pior que fosse essa luz em que eu me encontrava, por mais ofuscante, por mais fome que ela me tirasse, por menos sono que ela me desse, era um caminho que eu trilharia dos meus dias em diante. SEM SAÍDA - foi onde eu encontrei a placa. O destino me tranca de novo dentro de sua gaiola incolor e só me restar esperar pra que, um dia, eu saia desse túnel que entrei e encontre a luz - amarela, azul, verde ou vermelha - que eu tanto procuro, que eu tanto preciso.
 
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