quarta-feira, 16 de novembro de 2011

d.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011 0
Eu sempre falo por outros serem fortes enquanto quebro em partes congruentes. Mas ouça com atenção: você tem que ser forte, tem que abrir os olhos, abrir a boca e se abrir pra vida. Quero ver seus sorrisos serem maiores que as suas lágrimas e quero sentir a sua força mesmo que eu esteja do outro lado da linha, do outro lado da tela, do outro lado do mundo. E quando esse mesmo mundo cair... quando seu mundo cair, você conseguirá o reerguer ou o reconstruir - com essas mesmas mãos que já seguraram as minhas. E mesmo que não tenha ninguém ao seu lado, mesmo que as pessoas te dêem as costas ou simplesmente partam sem razões, você terá que ficar intacto, firme. Como se fosse fácil, como se fosse totalmente possível... E para que tantos circunlóquios? Eu só quero pedir pra que você fique bem. Ela está bem, você fica bem também, entende? A saudade vai bater, junto com a vontade de morrer, mas já pedi pra você ser forte? E eu quero estar aqui pra quando você precisar chorar, pra quando precisar reclamar ou pra quando não quiser nada. E mesmo se eu não estiver, você irá ficar bem, bem, bem. Não vai? Fica bem, meu bem.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

nothing left.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011 0
Se eu nao tivesse gostado, teria continuado ali em cima - intocável. Por que os sentimentos nos trazem aqui pra baixo? Não seria tão melhor ter continuado em cima daquele pedestal dourado? Sendo admirado, venerado... Parado, estático, como um boneco, um objeto. Sem vida, com a cabeça rodando e as pessoas me olhando. "No, it's too much for me" - e o que é muito para você? Muita areia, muita tempestade, muito calor, muito suor. Cheiro de alcool, gosto de whiskey e uma cena totalmente escura. Aquela fumaça que cega, que venda, que arrasta as suas pálpebras. Podia chover, podia cair o mundo e eu continuaria ali sem me mover, sem um passo sequer. A natureza chama, os sentimentos vibram e a emoção controla, então. Já não havia mais pedestal, não havia mais diferença e não havia mais encantamento. Eu me igualava a você - e as pessoas não gostam do que está no mesmo nível. Percebi isso, mas não existiria escada que me fizesse subir de novo. Com os pés no chão e a cabeça na lama, eu me tornei algo que sempre temi: comum. Igual a ele, igual a ela, igual a você. Escute: Eu nunca quis ser igual a você - mas agora sou e não há guindaste que consiga me reerguer. E o que me resta, se é que algo ainda me resta em particular, é andar até achar um degrau, uma mureta, um mísero apoio. Isso todo mundo faz. Resta-me ser vulgar, é, resta-me ser clichê. (Ainda acho que nada me resta)
 
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