sábado, 30 de abril de 2011

all lights on me.

sábado, 30 de abril de 2011 0
Vou contando meus passos e contando com as pessoas; percorrendo ruas, inventando histórias. Por quê o metrô anda tão rápido? As luzes lá foram correm contra mim como se fossem me cortar. E não é que acabam cortando, de um jeito ou de outro? As paisagens vão mudando, vou fazendo cenas, atuando, mentindo... Mentindo para mim mesmo, fingindo que as coisas são alaranjadas e serão sempre dessa cor, não importa o que aconteça. Não consigo aceitar dias negros, não quero ceder. Você entende o que é querer estar sempre por cima? É errado precisar ficar sempre bem, fazer sempre o bem? A vida vai passando, vai me cortando como as luzes. Estou brilhando, você não vê? Cabelo penteado, roupas bem passadas e um enorme sorriso no meu rosto - tendência a ser estrela de cinema. Começo a me afogar nos meus próprios pensamentos, nos meus próprios ideais, alma adentro... Um minuto! Isso é melancólico demais para um sábado à noite. Essa angústia precisa esperar. É, até depois, porque as luzes me esperam.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

no color.

quinta-feira, 28 de abril de 2011 0
Pode voltar, voltar para o universo preto e branco que voce enxerga colorido. Mas talvez ele seja realmente colorido e eu o enxergo sem cor. Sem graça, sem vida, sem razões. Não que o meu seja cem por cento alegria e harmonia, mas o meu universo é só meu, é único - mesmo eu achando isso impossível. Volte para as suas banalidades e os pensamentos que você julga serem complexos e elaborados. Caminhe junto a sua incrível maturidade e verá o quão infantil ainda permanece. Jogue o meu jogo, caia na minha rede: só quero motivos pra escrever, propostas para serem expostas e refletidas. Não adianta - que venha a prepotência e arrogância -: seu mundo ficará sem cor mesmo estando colorido por todas as cores do arco-íris (se é que me entende). No baby, no color.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Boytoy, baby.

quinta-feira, 21 de abril de 2011 1
É assim que eu quero que seja, como um brinquedo conduzido pela mão de uma criança sem juízo. Que ela me leve junto dela para todos os lugares, que ela me faça conhecer uma infinidade de sentimentos, que ela cresça comigo em suas mãos, sentindo que eu sempre estarei aqui para confortá-la sem mencionar uma palavra. Durma comigo, mostre-me a seu amigo. Não me importo em ser um troféu, porque sei que darei a ela toda a alegria de ter passado por mais uma etapa comigo em suas mãos. Toda a tranquilidade e conforto de ter alguém nas mãos é impagável. Jogue-me ao chão quando estiver com raiva, sou feito de plástico, sou feito de aço, sou como um material inquebrável. Não vou me despedaçar em dezenas de pedaços igual a seus amigos quando você for rude. Amor de brinquedo é mais forte, é maior. E quando quiser me pegar no colo para tentar me fazer dormir, vou fingir o sono mais profundo - e sei que vou dormir profundamente. A recompensa de ter me reerguido significa mais do que a dor de ter me humilhado. E não espere que eu vá reclamar, eu vou continuar com aquele sorriso estampado no rosto, esperando o próximo toque da sua mão macia. E conforme ela for crescendo, vou servindo de apoio, vou servindo de consolo, de saco-de-pancadas. Ficarei no mesmo lugar, ficarei no lugar que você quer que eu esteja. E todas aquelas pessoas com dó de mim... Mal sabem elas o quão bem me faz ser seu brinquedo. Quando você me amar, eu sei que não durará. Quando você me jogar ao chão, sei que logo me pegará de novo. A inscontância do seu pensamento me moldou ao seu jeito, fez-me ser apenas como você quis que eu fosse. A minha gratidão e a segurança que eu proporcionei fez com que você enjoasse (as pessoas não gostam de se sentirem bem sempre). Por mais dó que tenha de deixar-me, ela me deixará lá e arranjará outros entretenimentos. Aquele boneco que sempre esteve à disposição será esquecido num armário com outras porcarias. Mas e daí? Às vezes, ser um brinquedo durante alguns anos traz mais vida do que ser real o tempo todo. Ser conduzido pode o levar a mais lugares do que se andasse com as próprias pernas. É nisso que está a beleza de ser um brinquedo: ser tudo o que quiserem que você seja, ser para os outros, ser tudo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

choice.

quarta-feira, 13 de abril de 2011 0
E é normal sentir-se perdido no meio de tanta certeza? Sentir o coração diminuir cada vez mais enquanto deveria encher-se de liberdade? Certo ou errado, as coisas são do jeito que são - e são o que são por serem sensatas e escolhidas. Se eu estou aqui - no alto ou no baixo, quem sabe? - foi porque eu escolhi estar. Se estou sozinho, a culpa é toda minha.

sábado, 2 de abril de 2011

Don't be.

sábado, 2 de abril de 2011 0
De volta às drogas, de volta aos bares. De volta a toda aquela vida fútil que eu sempre levei, que eu sempre [não] quis levar - que eu sempre não quis precisar levar. A chuva cai e eu sei que vou cair. Vou ficar por baixo, arrasado, vou ficar aos prantos, ao chão, sozinho. Mas o que eu sou foi o que eu escolhi - sem culpas e lamentações. Escolhi ser sozinho, escolhi não ser nada e ser tudo, ao mesmo tempo. Ser pouco pra todos e ser nada pra ninguém. Escolhi não ser lido, não ser interpretado. Escolhi uma vida que exige muito de mim e não me exige nada. Escolhi viver por mim, vivendo pelos outros. Escolhi ser o que eu sou e sou o que escolhi. Don't be a drag, just be a queen.
 
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