quarta-feira, 19 de novembro de 2014

felicidade não normativa

quarta-feira, 19 de novembro de 2014 0
me bateu uma vontade de escrever sem seguir regras ortográficas pontuação ou qualquer coisa que pudesse me fazer querer parar um desejo doido de falar com você de contar como foi meu dia de perguntar como foi o seu saber o que você comeu no almoço e o que vai fazer à tarde no trabalho pensando bem também queria ficar ao seu lado deitado sentindo o ventinho que sai dos buracos do seu nariz e vendo seu sorriso abrir de tempo em tempo enquanto olha fixamente nos meus olhos a gente podia sair para dar uma volta no parque no shopping na rua ou podia ficar no sofá assistindo qualquer porcaria na televisão da sala eu poderia preparar sua janta ou você poderia me fazer um café um suco ou apenas me trazer uma copo d'água pra eu não precisar levantar qualquer coisa do tipo e eu já estaria feliz  porque você estaria comigo e eu estaria com você

domingo, 7 de setembro de 2014

ours.

domingo, 7 de setembro de 2014 0
Quando você me disse que era confuso demais, que mudava de ideia tao rápido quanto eu dirijo meu carro, que não se apegava a ninguém, eu confesso que pensei em fugir correndo. Sair de cena antes que você me tirasse da sua peça. Pensei em te matar em mim mesmo sabendo que ainda nem começara a germinar - feito uma semente recém plantada - e mesmo sabendo que poderia se tornar a árvore mais alta e florida. Pensei em fugir por medo, pensei em te matar em segredo. Pensei em tanta coisa - daquele jeito que você me explicou, lembra? Pensar em nada mesmo pensando em tudo. E admito que ainda estou mergulhando nos meus pensamentos e tentando achar uma saída pra esse turbilhão de nuvens neuróticas. Você se arriscaria e mergulharia comigo dentro desse universo bizarro e sem sentido para tentarmos construir - não simplesmente encontrar - um caminho que incluísse as nossas vidas de uma maneira sua, minha e nossa ao mesmo tempo?

quinta-feira, 26 de junho de 2014

composition.

quinta-feira, 26 de junho de 2014 0
Quando você voltou, mesmo sem ter ido embora, eu pensei que não fosse pra ficar - e talvez nem seja mesmo. Você me olhou de novo com aquele olhar sutil e terno ao mesmo tempo, mas eu não fui capaz de traduzir o que se passava pela sua mente - talvez até agora eu não saiba. A gente se beijou, então senti que o mundo ainda estava rodando e meu coração continuava batendo - talvez mais forte agora. Saímos para comprar uma pizza e voltamos com muito mais que isso - talvez as risadas pelo caminho tenham sido o verdadeiro sabor daquela noite. Escrevi e apaguei versos diversas vezes com medo de ser mal interpretado por você e pelos outros, mas hoje, talvez, quem sabe, eu me sinta seguro para falar que estes versos são para você e somente para você. 

terça-feira, 13 de maio de 2014

no place else.

terça-feira, 13 de maio de 2014 0
Agora eu peço calma pra quem sempre bateu depressa demais. Peço silêncio pra quem sempre gostou de berrar. Peço paz pra quem sempre quis estar lutando contra alguma coisa. Peço serenidade, tranquilidade e harmonia pra que o tempo passe e eu não perceba. Para que abra os olhos e já seja a hora de você chegar. Peço sabedoria pra não me afundar de novo nos mesmos erros e problemas. Mas, o que peço mais que tudo isso é que você volte dizendo que te fiz mais rir que chorar, dizendo que não tem outro lugar onde você possa querer estar. 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

heart attack.

segunda-feira, 14 de abril de 2014 0
É só eu pensar em você que minha fome passa, meu sono não vem e meu coração acelera. Acelera tanto e de um jeito tão estranho que até parece que vai furar a costela ou sair pela boca. E isso me agonia, me dá um desespero, uma vontade de fazê-lo parar. Viro para lá, viro para cá, cubro-me, troco o lado do travesseiro, descubro-me e nada. Parece que ele só vai parar quando eu souber que você é meu e eu sou eu – deve ser por isso que ele insiste em bater forte. Mas... ele há de parar, há de perceber que você já foi e que eu fiquei. Há de deixar de bater disparado e há de voltar ao seu ritmo normal, permitindo-me que eu continua vivendo sem saber que tenho um coração. 

terça-feira, 8 de abril de 2014

it's not right but it's not love.

terça-feira, 8 de abril de 2014 0
Perdoe-me, meu amor, mas se isso que você diz sentir não é amor. O amor, quando é amor, deve ser mais forte e maior que os outros sentimentos inerentes ao ser humano. O amor, quando é chamado de amor, deve comandar seu corpo como se você fosse uma marionete dele. O amor, quando é reconhecido como amor, deve o guiar para a pessoa amada independentemente dos fatores adversos - feito imã, sabe? Não, você não sabe. Porque o que você sente não é amor, não pode ser amor. O amor que você diz sentir acaba quando você diz não conseguir perdoar, quando você diz que não consegue se entregar. Quem ama se entrega e se dá completamente. Então não diga que me ama, não diga que nunca vai me esquecer. Apenas seja sincero conosco e diga que não deu, que não foi, que não somos e não seremos mais. E, o mais importante, diga tudo isso sabendo que o motivo foi um só: a falta de amor. 

domingo, 30 de março de 2014

grey.

domingo, 30 de março de 2014 0
Hoje eu acordei meio assim, meio vazio. Deve ser o domingo, o tempo nublado ou a falta de você. Acordei com o estômago embrulhado querendo que saísse pela boca o que eu não consigo arrancar do cérebro (ou do coração). Acordei com olheiras expressivas como se eu não tivesse pregado o olho a noite inteira. Acordei com sensações esquisitas, mesmo parecendo não estar sentindo nada. Acordei e continuei dormindo, continuei sonhando, continuei chorando. E você? Nem sei se dormiu, se sonhou, se chorou, se... Não sei.  

sexta-feira, 28 de março de 2014

button.

sexta-feira, 28 de março de 2014 0
Enquanto eu dirigia meu carro naquela noite escura e passava pelas árvores, que pareciam tão murchas, eu pensava em nós. Pensava sobre o que já fomos, o que éramos naquele momento e o que poderíamos nos tornar a partir dali. Não cheguei a conclusão nenhuma - a não ser que as árvores estavam tristes por você não estar no banco do passageiro. Os sinais estavam todos amarelos e eu passava por eles com receio: será que devo ir ou será que devo parar? Mas, na dúvida, seguia em frente. Com medo de um desastre, mas seguia. E segui por sinais amarelos até chegar em casa e perceber que sua mochila não estava no banco traseiro e sua mala não estava no porta mala. Por que diabos eu fui abrir para ver se tinha algum vestígio seu lá? Nem eu sei. Peguei o elevador e gritei pra você apertar logo o botão do primeiro andar. Em vão. Pela primeira vez tive que apertar o botão sozinho e, posso dizer, não foi fácil, apesar de ser um simples botão. Aquele botão significou que eu estava sozinho no elevador, subiria sozinho pra minha casa e ficaria sozinho na minha cama. Deitei-me e liguei o abajur alaranjado. Fiquei pensando: não deve ser tão ruim assim precisar apertar o botão do próprio elevador ou deve? Apaguei a luz e fui dormir - sem uma resposta e sem você. 

quinta-feira, 27 de março de 2014

beyond.

quinta-feira, 27 de março de 2014 0
Rendido, estendido ao chão.  A gente só percebe que está preso quando tenta se libertar. E só percebe que pode ser livre quando se dá conta que a vida vai além do que os olhos conseguem ver. A vida está depois da colina verde que esconde o sol inteiro. A vida está depois do horizonte, depois da dor. A vida é aquilo que não conseguimos definir apesar das infinitas definições dadas. A vida é aquilo que sentimos quando não temos mais nada a perder ou quando não ganhamos nada. A vida vai além da felicidade, além da tristeza: a vida é uma mistura de sentimentos - ruins ou bons. A vida está pedindo pra ser vivida mesmo que às vezes esse pedido pareça mais baixo que um sussurro. E o que temos com isso? Não temos nada, não enxergamos nada, não sabemos nada a nao ser que a vida está aqui, mesmo estando além e mesmo querendo ser depois.  

sexta-feira, 7 de março de 2014

flood.

sexta-feira, 7 de março de 2014 0
Você precisa de um amor nem tão doce, nem tão amargo. Amor ora calmo, ora revolto. Amor que dá e tira – porém deixa mais do que leva. Amor que oscila, amor que tripudia, mas não some. Amor que acolhe, abraça, beija, cama. Amor que xinga, bate, briga, rua. Amor que é flor e espinho; amor que é água e vinho. Amor que renasce mesmo sem morrer; amor que morre só para renascer. Amor que é meu e lhe dou; amor que é seu e sem ele... não sei, não sou. 
 
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