domingo, 30 de março de 2014

grey.

domingo, 30 de março de 2014 0
Hoje eu acordei meio assim, meio vazio. Deve ser o domingo, o tempo nublado ou a falta de você. Acordei com o estômago embrulhado querendo que saísse pela boca o que eu não consigo arrancar do cérebro (ou do coração). Acordei com olheiras expressivas como se eu não tivesse pregado o olho a noite inteira. Acordei com sensações esquisitas, mesmo parecendo não estar sentindo nada. Acordei e continuei dormindo, continuei sonhando, continuei chorando. E você? Nem sei se dormiu, se sonhou, se chorou, se... Não sei.  

sexta-feira, 28 de março de 2014

button.

sexta-feira, 28 de março de 2014 0
Enquanto eu dirigia meu carro naquela noite escura e passava pelas árvores, que pareciam tão murchas, eu pensava em nós. Pensava sobre o que já fomos, o que éramos naquele momento e o que poderíamos nos tornar a partir dali. Não cheguei a conclusão nenhuma - a não ser que as árvores estavam tristes por você não estar no banco do passageiro. Os sinais estavam todos amarelos e eu passava por eles com receio: será que devo ir ou será que devo parar? Mas, na dúvida, seguia em frente. Com medo de um desastre, mas seguia. E segui por sinais amarelos até chegar em casa e perceber que sua mochila não estava no banco traseiro e sua mala não estava no porta mala. Por que diabos eu fui abrir para ver se tinha algum vestígio seu lá? Nem eu sei. Peguei o elevador e gritei pra você apertar logo o botão do primeiro andar. Em vão. Pela primeira vez tive que apertar o botão sozinho e, posso dizer, não foi fácil, apesar de ser um simples botão. Aquele botão significou que eu estava sozinho no elevador, subiria sozinho pra minha casa e ficaria sozinho na minha cama. Deitei-me e liguei o abajur alaranjado. Fiquei pensando: não deve ser tão ruim assim precisar apertar o botão do próprio elevador ou deve? Apaguei a luz e fui dormir - sem uma resposta e sem você. 

quinta-feira, 27 de março de 2014

beyond.

quinta-feira, 27 de março de 2014 0
Rendido, estendido ao chão.  A gente só percebe que está preso quando tenta se libertar. E só percebe que pode ser livre quando se dá conta que a vida vai além do que os olhos conseguem ver. A vida está depois da colina verde que esconde o sol inteiro. A vida está depois do horizonte, depois da dor. A vida é aquilo que não conseguimos definir apesar das infinitas definições dadas. A vida é aquilo que sentimos quando não temos mais nada a perder ou quando não ganhamos nada. A vida vai além da felicidade, além da tristeza: a vida é uma mistura de sentimentos - ruins ou bons. A vida está pedindo pra ser vivida mesmo que às vezes esse pedido pareça mais baixo que um sussurro. E o que temos com isso? Não temos nada, não enxergamos nada, não sabemos nada a nao ser que a vida está aqui, mesmo estando além e mesmo querendo ser depois.  

sexta-feira, 7 de março de 2014

flood.

sexta-feira, 7 de março de 2014 0
Você precisa de um amor nem tão doce, nem tão amargo. Amor ora calmo, ora revolto. Amor que dá e tira – porém deixa mais do que leva. Amor que oscila, amor que tripudia, mas não some. Amor que acolhe, abraça, beija, cama. Amor que xinga, bate, briga, rua. Amor que é flor e espinho; amor que é água e vinho. Amor que renasce mesmo sem morrer; amor que morre só para renascer. Amor que é meu e lhe dou; amor que é seu e sem ele... não sei, não sou. 
 
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