terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

roads.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013 0
Já não sabemos mais onde foi que nossos caminhos tomaram rumos e destinos diferentes – mas uma coisa é certa: eles não se cruzaram mais. Quem sabe se eu pegar um desvio ou uma ponte que me leve pra qualquer lugar possível de você estar? E se eu continuar andando em frente e correndo em direção ao horizonte na esperança de que em algum lugar, lá na frente, eu ache você caminhando lentamente, tentando me encontrar em alguma esquina dessas, em algum bar desses, em algum buraco. Com as mãos vazias e o coração cheio de vento, eu continuo andando sem saber para onde quero ir, se quero ir, se conseguirei chegar. Sem saber se vou encontrar você, se quero encontrar você, se consigo encontrar você de novo. E quando eu encontrar, se eu encontrar, você vai estar com as mãos nos bolsos ou de mãos dadas com alguém encontrado no caminho novo – caminho só seu. E se eu conseguir transpor o Rio São Francisco e colocar a minha estrada junto da sua? Será que eu conseguiria unir os nossos caminhos novamente de modo que eles continuassem seguindo, quilometro por quilometro, até adentrarem em uma casa pequena e aconchegante onde só há lugar para duas pessoas e um animal de estimação? Será? Então eu opto por virar à esquerda, não sabendo o que esperar e o que me espera.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

22.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013 0
Sento-me aqui agora e me forço a escrever. Preciso escrever para que eu nunca esqueça o quão radiante eu estou agora. Se há três anos eu escrevia sobre o quão só eu me sentia em datas comemorativas, hoje eu posso afirmar que cada dia tem sua particularidade positiva. Não foi fácil chegar onde estou, não foi fácil conquistar o que eu conquistei - mesmo eu sabendo que ainda não cheguei na metade de onde eu pretendo chegar, nem na metade do que eu tenho que alcançar. Mas sinto-me afortunado por ser o que sou com tantos e poucos anos: dois patinhos na lagoa. E por que eu não posso ser esses dois patos? Um branco feito algodão e outro mais negro que a escuridão. Eu insisto: eu sou os dois patinhos na lagoa. Talvez vinte e dois anos seja uma idade banal, sem muita pompa, sem muito motivo para comemoração... Mas é preciso comemorar, é necessário me revigorar e tirar todo o proveito de cada 'parabéns' recebido. Felicitações de pessoas que, às vezes, nem estão tão presentes, mas que lembram de você pelo menos uma vez ao ano para desejar tudo de melhor que existe no universo. E eu não duvido da sinceridade desses desejos. Eu sinto cada palavra de carinho adentrando minha pele e passando a me constituir também. E eu acho que é esse o sentido da vida: querer bem as pessoas para também ser querido; lembrar para também ser lembrado; dizer para também ouvir. Não acredito que nesses três anos eu tenha me transformado em algo que não era, mas acho que meus olhos mudaram. Aprender a enxergar o que é pra ser enxergado é essencial, mesmo que seja fantasia, mesmo que seja invisível. O lado bom e mágico das coisas precisa ser captado e salvo em nossa mente, para que o que é ruim seja esquecido de forma natural, sem precisar doer tanto. É simples: as coisas boas entram, as ruins saem. Então, continuo preferindo ser dois patos a ser um só: quando um cansa de nadar, o outro encara a correnteza e me carrega para frente. O rio não vai parar e a vida também não.
 
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