terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

roads.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Já não sabemos mais onde foi que nossos caminhos tomaram rumos e destinos diferentes – mas uma coisa é certa: eles não se cruzaram mais. Quem sabe se eu pegar um desvio ou uma ponte que me leve pra qualquer lugar possível de você estar? E se eu continuar andando em frente e correndo em direção ao horizonte na esperança de que em algum lugar, lá na frente, eu ache você caminhando lentamente, tentando me encontrar em alguma esquina dessas, em algum bar desses, em algum buraco. Com as mãos vazias e o coração cheio de vento, eu continuo andando sem saber para onde quero ir, se quero ir, se conseguirei chegar. Sem saber se vou encontrar você, se quero encontrar você, se consigo encontrar você de novo. E quando eu encontrar, se eu encontrar, você vai estar com as mãos nos bolsos ou de mãos dadas com alguém encontrado no caminho novo – caminho só seu. E se eu conseguir transpor o Rio São Francisco e colocar a minha estrada junto da sua? Será que eu conseguiria unir os nossos caminhos novamente de modo que eles continuassem seguindo, quilometro por quilometro, até adentrarem em uma casa pequena e aconchegante onde só há lugar para duas pessoas e um animal de estimação? Será? Então eu opto por virar à esquerda, não sabendo o que esperar e o que me espera.

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