sexta-feira, 8 de março de 2013

jude.

sexta-feira, 8 de março de 2013
Vamos dar uma volta por esse bosque feito de verde e pássaros. Colheremos algumas flores para enfeitar a cesta de palha que você carrega nas mãos, balançando-a suavemente para frente e para trás. E, depois, sentaremos em cima da toalha xadrez que sua avó bordou para o nosso casamento. Você se lembra do dia em que casamos? Era uma tarde de outono (primavera talvez – você sabe que sempre fui ruim com estações do ano), você estava muito nervosa e ficamos sem nos ver o dia todo: foi um sacrifício para mim. Confesso que quase desisti de casar quando soube que teria que ficar um dia inteiro sem a ver. Mas, no fim, as coisas ficaram bem. Você quase caiu quando entrou de branco no tapete vermelho enquanto eu chorava no altar em cima do meu paletó preto. Aquela cena ficou intacta na minha memória e eu consigo lembrar de cada detalhe, cada rosto conhecido, cada cor, cada expressão do seu sorriso desajeitado e tímido caminhando por aquele corredor que parecia maior do que realmente era. Mas você chegou: andou, andou e chegou. Chegou onde eu estava e me trouxe o que faltava. Talvez não faltasse nada, mas você me trouxe mesmo assim. E daquele lugar, fomos direto para um lugar só nosso, construir nosso casamento fora de todo aquele barulho, de toda aquela poluição. E, aqui estamos... caminhando nesse bosque feito de verde e de amor, colhendo flores e frutos e folhas e feridas. Observando o céu e o sol e as nuvens e o verde e o vermelho do nosso amor. Mãos dadas, alianças cruzadas, dourado e vermelho.

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