quarta-feira, 13 de março de 2013

lock, unlock.

quarta-feira, 13 de março de 2013
Todos aqueles amores, todos aqueles sonhos e aquelas flores naqueles corredores eram imaginação. Bem como aquelas palavras, aquelas mentiras e até mesmo aquelas verdades. Os afetos, os afagos, os carinhos e as juras. Os planos, os laços, os amassos e todos aqueles abraços que demos, ou vendemos? Era um amor exposto, pronto para ser comprado e louco para ser vendido. Então, compramos e vendemos ao mesmo tempo. A troco de quê? Podíamos apenas ter trocado corações como se trocam olhares por aí. Mas preferimos nos render a esse mundo no qual todo mundo precisa ser alguém de e para alguém. Eu era para você e você era pra mim. Um beijo por um abraço, um sorvete por um sorriso, um 'eu te amo' por uma... Deixa pra lá. Esse amor foi sendo vendido e comprado até que as barganhas acabaram; já não havia mais nada a se vender ou doar. Larguei suas coisas de lado, peguei as minhas de volta e sai por essa porta. Essa porta que era sua antes de eu ter entrado, porta que era só sua não importa o que a gente se desse ou trocasse ou vendesse. E tenho certeza de que outra pessoa irá bater, você abrirá - com receio, mas abrirá - e as trocas começarão outra vez. Talvez com outro tipo de moeda, outro tipo de vocabulário, outros tipos de sensações. Porém, no final, quando as trocas também acabarem e o dinheiro de vocês não puder comprar mais nada, não se esqueça de uma coisa: a porta será sempre sua.

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