quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cold faith

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Queria mentiras que fossem inventadas e se tornassem verdadeiras de tantas vezes que fossem repetitas. As minhas respostas na mesa, todas respondidas. Meu cachorro ao meu pé, enquanto vovó tricotava-me um casaco para o inverno. Papai lavaria o carro no quintal de casa, enquanto mamãe poria a mesa para nosso almoço de domingo. "Menina, guarde essas bonecas e venha almoçar". "Pare de jogar video-game e vá lavar as mãos, filho". As memórias todas lúcidas e claras, as recordações ruins esquecidas. No final do dia, deitaria-me ao lado de alguém para receber um cafu.. fé! Um café, por favor. Despertava e ia direto ao balcão da lanchonete da escola para pegá-los das mãos frias da merendeira. Café frio, vida fria, filme inexistente, sem novelas. As verdades peladas e não-cozidas dizendo-me para pross...Um pró-seco, me vê um pró-seco. Dois goles e minha mão equiparava-se ao meu coraçao, garrafa no lixo. As luzes haviam roubado o brilho dos seus olhos todo para elas e ninguém parecia dar a mínima. Eu queria vê-lo de novo, sentí-lo sintilante. Porque tudo o que eu sinto... Um absinto, pode ser. A essa altura, água ou veneno teriam o mesmo aroma e sabor. Quero algo para manter-me vivo e morto ao mesmo tempo, entende? Garçom, traz-me uma dose de amor. Não? Tudo bem, quanto está o Rum? Pouco gelo, pouco gelo, pouco gelo. Gelo!

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