sábado, 15 de maio de 2010
begging for love.
sábado, 15 de maio de 2010
Ah, como eu precisava de um cigarro agora - até mais que de um amor. Tragar lentamente aquela fumaça viciante e corrupta, destruir-me lentamente, sem ao menos sentir. Olhar pela janela e conseguir ver além do telhado cinza e interminável de Caio. Flutuar sobre as fumaças - aquelas que acabam com a vida - e conseguir tocar o céu. Sentir o gosto amargo das cinzas, já que a vida é feita delas, é feita de morte. Apagar-me num cinzeiro prateado e sujo. Apagar-me num cabaré, com luzes vermelha e gente despida. Couro e putaria. Opto pelo amor sujo, o amor vergonhoso. O puro dói mais. Jogar-me-ei entre os corpos cadavéricos, entre a falta de pudor e a indecência. Com roupas rasgadas e joelhos esfolados, rastejar-me e mendigar pela última gota de álcool da noite. Antes implorar por morte que por amor.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário