quarta-feira, 5 de maio de 2010

unpalatable.

quarta-feira, 5 de maio de 2010
Tocando-me dos pés à cabeça, está satisfeita?
Possuidora de todos as minhas partes palpáveis, é isso o que você espera de mim?
Sinta-me em você, beije-me, segure-me o mais forte que puder; retribuirei com estocadas - leves ou fortes, de que importa a intensidade?
Arranque todas as roupas desse corpo, arranque o licor, arranque o prazer.
Os lençois humedecidos esquecerão, no dia seguinte, tudo o que falamos em vão.
Todas as palavras, supostamente de amor, trocadas entre dois ou três jatos longinquos não foram o suficiente para me prender a você.
Meu coração não está nos lugares que você toca; minha mente, você jamais consegue possuir.
Por mais dentro que eu esteja, nunca vou querer aprofundar-me no que eu não sinto.
Seria tolice tentar entendê-la, tentar amá-la, se sentimentos não criei, se raízes não fixei.
Fique com o meu corpo, se quiser. Minha mente não atingirá, minha alma não verá e coração não existirá.
A conquista da minha vida está além de saber usar as mãos, está além de falar as palavras certas. A profundidade do meu ser não pode ser medida em metros ou em jardas. Estou após o imaginável, depois do entendível e longe do digerível.
Intragável, sou intragável.

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