terça-feira, 2 de março de 2010

unnamed.

terça-feira, 2 de março de 2010
Tão acostumado a ser sozinho. Já não sei como seria enxergar a vida com quatro olhos, quatro mãos e dois corações. O vidro da janela está tão embaçado - por quê estou falando sobre o vidro? Nunca fui de olhar lá fora, sempre fui instrospectivo, só enxergo a mim mesmo - tá, nem tanto. Deixe-me com as minhas confusões, as minhas explosões de sentimentos ou com a falta deles. Os seus sentimentos não importam se não existirem os meus para completá-los - uma dica: eles raramente existem. Aprenderam a se esconder atrás de pedras e pedregulhos, atrás de colinas e montanhas. Onde estão? Mal consigo vê-los. Não consigo vê-los. São tão intensos e tão invisíveis. Vulneráveis e fugazes. Eles voam para bem longe, depois voltam para me assombrar. Eles vêm para me fazer acreditar que ainda estão em mim, mas será que realmente estão? Não é medo, mas não é coragem. Não é preguiça, mas também não é excesso de vontade. É estar sem reaçao no meio do deserto - justamente no meio. Estar ali, parado, com os olhos estatelados em algo que você nao conhece - quer conhecer, nao quer conhecer -, algo que voce já conhece e sabe que não quer enfrentar - quero enfrentar. Que venha rápido, mas que chegue lentamente. Que seja forte, mas que nao me machuque. Que seja fraco, mas que deixe marcas. Que seja alguma coisa diferente, mas sem sair do meu controle. Que seja igual, mas que seja especial. Ah... Seja, venha.

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