sexta-feira, 30 de outubro de 2009

circle, a mean cycle.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Voce me ligou pra falar a palavra que eu estava procurando: angústia - é tudo o que eu consigo sentir. Uma busca por preenchimento, mas tudo continua vazio. Por mais que eu o ache, por mais que eu me ache, tudo continua vazio. O que me bastava antes já não é o suficiente. Eu deveria estar bêbado agora, mas estou aqui, mais que sóbrio, escrevendo, matando-me. Enquanto deveria haver milhões de pessoas a minha volta, cheirando a perfumes importados, tudo o que eu vejo é um porta retrato com a minha cantora predileta, sem cheiro, sem cor. O celular não toca mais, o telefone já está quase sem vida. Tudo acaba se esvaindo com o tempo - tudo. Quem parecia se importar, já não dá a mínima importância. Quem se importa agora, não mais se importará daqui a alguns dias. O ciclo da vida é triste, ao meu modo de ver. Tudo acaba ou transforma-se. Nada continua intacto, por mais que permaneça inquebrável. Milímetros pra esquerda - tudo há de se mover. Kilômetros a frente, o carro para e arremeça metade dos passageiros para fora. Só ficamos eu e o motorista. Mas logo ele me lançará pela janela, não tem problema. Continuará sozinho e eu terei que seguir também. Pessoas nunca ficam para sempre. Voce não ficará, não precisa me enganar. E nem eu sei se quero que fique. Não fique, vá embora, meu amor, vá embora. Embora para o nunca mais. Não quero mais precisar olhá-la ou ouví-la. Meus sentidos sempre foram ao seu favor, mas minha mente não quer mais ter que processar a sua imagem. Vá embora, meu amor. Vá embora!

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