quarta-feira, 7 de outubro de 2009

read and don't speak.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Estou bem o suficiente pra dizer que os meus livros são tudo de que eu preciso agora. Eles não me enganam, não deturpam a minha mente. Está certo que as palavras, às vezes, embaralham-na e que meus olhos ficam cansados de tanto ler, mas eles são verdadeiros. Os livros são aquilo e pronto. Mesmo com alguns significados subentendidos, eles não deixam de ser aquilo. Eles querem se mostrar, querem contar-lhe sobre o mundo, sobre eles. Páginas e mais páginas de histórias incríveis - ou entediantes. De qualquer maneira, eles são sinceros, dizem-lhe o que voce espera ou precisa. Afinal, ninguem lê o que não quer - não com tanta frequência e intensidade. Eles influem nos seus pensamentos, mas só porque voce quer. Nenhum livro sai gritando, implorando pra entrar em voce. Ele espera, pacientemente. Diferente de um cachorro querendo passear, que não para de latir e pular nas suas pernas. Diferente de um bebê implorando por colo ou comida. Ele consegue tudo o quer quer, mesmo sem pedir. Por que eu personifico um livro? Talvez porque ele seja mais leal que um humano, talvez minta menos, seja mais coerente, menos contraditorio. Nossa, às vezes eu penso odiar as pessoas, e voce deve ter a mesma impressão. Não odeio, apesar de ter todos os motivos para isso. Insisto no amor - por ingenuidade ou necessidade, não sei bem. Mas o amor aos livros deve ser realmente eterno. Não que eu ame ler, mas as palavras que eu vejo soam muito melhor do que as que eu ouço diariamente. O silencio do livro fala mais alto e mais claro do que qualquer grito de qualquer ser vivo.

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